Uma carta chega ao endereço de Bucky Barnes: O rementente, Heather Monroe, a bisneta da melhor amiga de infância de sua irmã. Uma rápida conversa esclarece que ela tem objetos que pertenceram a ele um dia e rapidamente, eles são enviados.
Mas quand...
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Era uma manhã de segunda. O sol não estava muito forte, encoberto por nuvens, mas o calor que abatia o Brooklyn era avassalador, apesar disso e da chuva da noite anterior. Enquanto a mulher andava pelas ruas, calmamente, ela conseguia ouvir trechos de conversas alheias e paralelas, além de bater com os olhos verdes escuros em uma ou outra banca de jornal. Todos falavam sobre o mesmo assunto: A Ascenção do novo Capitão América e como ele e seu parceiro, O Sargento James Barnes, derrotaram a líder dos Apátridas e restauraram a paz mundial e blá-blá-blá…
Isso, apenas até o próximo vilão decidir querer dominar o mundo ou ferrar com a vida de alguém. Era quase um looping infinito, mas quando alguém era derrotado, as pessoas costumavam ter a sensação de falsa felicidade e euforia. Talvez, a humanidade precisasse mesmo desses lapsos de esperança para que não enlouquecessem de vez.
Se aproximando de uma banca de jornal, o olhar de Heather Monroe focou no pescoço do Sargento Barnes, em uma foto do dia anterior, estampada em uma capa de jornal. A estrela que meses antes estava nos pertences da sua bisavó pendia em seu pescoço, embolada com sua dogtag.
Às vezes, Heather tinha vontade de mandar uma mensagem para ele de novo e perguntar como ia a vida, bater um papo, perguntar se ela também tinha a impressão de que estava no lugar errado… Mas nem fazia sentido. Eles tinham trocado meia dúzia de mensagens e só. Não era como se fossem amigos.
Voltando a transitar entre os pedestres matutinos apressados, Heather avistou a Biblioteca Pública de Nova York onde trabalhava das nove da manhã até às cinco e meia da tarde, de segunda a sexta. Formada em Biblioteconomia e apaixonada por livros, quando ela teve a oportunidade de trabalhar por lá, não pensou duas vezes, apesar de sua formação não ter nada a ver com ler livros o dia inteiro.
Porém, de qualquer forma, somente de estar perto de livros, inspirando o cheiro, catalogando e organizando as informações, ela já sabia que era isso que queria fazer para o resto da sua vida.
A mulher, que tinha longos cabelos ruivos acobreados e alisados por chapinha até abaixo da cintura, continuou usando as pernas longas e fortes para atravessar a faixa de pedestres, dar bom dia para o porteiro e, enfim, entrar em seu local de trabalho.
