Capítulo 8

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A praia à noite era de tirar o fôlego; a praia durante o dia de alguma forma era ainda melhor.

Apesar da orla estar cheia de famílias arrumando cadeiras, toalhas e guarda-sóis, nada poderia me manter longe da beleza do oceano. A areia estava mais branca sob os raios de sol e a água em si um doce azul matizado com verde e ondas rolando. Com um céu claro, o mar mais uma vez o espelhou em cores. Não havia nenhum sinal de nuvens então o sol lançava seus raios quentes sobre a costa. Na luz do sol, a ondulação do oceano quase tinha inacabáveis cores através das bolhas brancas. Como se alguém derrubasse uma garrafa de glitter, a água brilhava e eu afundei até a cintura.

Eu dei meu primeiro mergulho sob as ondas, pulando depois arrepiado. Haviam outros como eu, apenas aproveitando o oceano, se permitindo balançar para frente e para trás em boias e pranchas de bodyboard. Meus pais provavelmente arranjariam algumas dessas coisas também. Eu já sabia onde eles estavam desde que entreguei meu celular pra minha mãe, o que fez ela franzir o cenho, já que eu tinha que manter isso comigo. Mas como eu deveria fazer isso na água? Hein?

Porém nossos pais não estavam sozinhos, Beau estava com eles. O tripé estava montado, apontado para o mar. Com uma cadeira estacionada atrás, ele mirou através das lentes. Porém não parecia que ele estava aproveitando as fotos porque ele estava carrancudo. Então de novo, quando ele não estava?

Um grupo de garotas passaram por perto. Duas olharam pra trás, rindo pra Beau que não deu a mínima atenção. Mesmo aqui ele era considerado um galã, que monte de merda.

Dois guarda-sóis estavam armados. Tia Zoey e minha mãe estavam nas toalhas embaixo de um enquanto duas cadeiras estavam embaixo do outro. Tio David passando protetor solar, já que como seu filho ele também era um vampiro. Eu estava chocado que Beau não tinha ardido em chamas ainda, e com chocado eu quis dizer meio desapontado. Eu não me incomodaria em assistir ele fugindo pro mar com esperança de apagar as chamas, ou apenas se transformando em cinzas na praia.

Você já pulou pra dentro?" Meu pai riu.

"Óbvio, qual a graça de vir à praia se você não vai entrar no mar?" Eu lancei um olhar para Beau. Ele estava focado demais em sua câmera para ligar.

"Você tem alguma boia ou alguma coisa do tipo? Eu vasculhei na grande sacola ao lado de minha mãe. Ela estava prestes a responder quando eu achei uma, puxando pra fora uma brilhante boia verde e soprando ar nela.

"Beau, você não vai entrar?" Tia Zoey perguntou, olhando por cima de minha mãe. Ele balançou sua cabeça.

"Por quê? Você está com medo?" Eu provoquei.

Ele tinha a câmera fora do tripé, mexendo em algumas funções. "Eu estou ocupado".

Então ele foi embora, andando pela orla para tirar mais fotos.

Meu pai acariciou minhas costas "Eu vou com você. Deixa só eu pegar outra boia".

Meu pai se juntou a mim no mar com nossas boias, então tio David, tia Zoey e minha mãe se juntaram a nós eventualmente. Houve uma gritaria quando meu pai começou a nadar ao redor de minha mãe na água. Tio David continuou me afundando. Tia Zoey estava catando conchas e galhos que ela achou que ficariam legais em algum projeto de arte. Porém, ao que parece os coroas não tinham tanta energia quanto eu. Todos inevitavelmente voltaram para suas toalhas de praia, quando Beau retornou também.

Eu não queria ficar sentado na praia, eu queria me divertir! Eu estava quase arrastando furiosamente a bunda de Beau pra dentro do mar, ele gostando ou não quando eu fui atingido de repente. Eu xinguei surpreso, olhando a bola de vôlei que cai aos meus pés.

"Foi mal aí!" alguém gritou. Uma garota veio correndo, com olhos castanhos escuros e pele ocre, parecia ter por volta da minha idade. Ela sorriu desculpando-se. Atrás dela estava a rede de vôlei com dois caras e outra garota esperando.

"Sem problemas" eu peguei a bola e entreguei a ela "Você estaria procurando por outro jogador"?

"Claro!" A garota cantarolou e então olhou pra trás. "Ah, nós vamos estar em número ímpar, mas tudo bem".

"E se eu trouxer mais alguém"? Eu sugeri, fazendo o meu melhor pra segurar meu sorriso maligno. Ela não disse nada sobre o sorriso maligno, apenas acenou.

"Ótimo, quanto mais melhor! Ah, meu nome é Jill, a proposito".

"Devin".

"Venha com seu amigo assim que você chamar ele". Jill correu de volta pra jogar, explicando a situação pra seus amigos enquanto eu corri até Beau. Ele quase caiu da cadeira em surpresa quando eu bati minha mão em seu braço.

"Vamos jogar vôlei" Eu disse, sorrindo em seu claramente desinteressado rosto.

"Não".

"Tem um grupo de jovens da nossa idade jogando ali", eu apontei na direção deles. "Vão ficar em número ímpar se eu me juntar à eles".

"Arraste outro participante indisposto. Eu não estou interessado".

"Beau." Veio o suspirar de tia Zoey "Por que você não joga uma partida? Você tem que fazer novos amigos pra passar o tempo enquanto está aqui".

Ele rosnou "Por que eu iria querer isso?"

"Tudo bem, tia Zoey, eu entendo". Eu dei de ombros, já indo embora, mas sentindo os olhos atentos de Beau em minhas costas. Sua falta de atenção me manteve em pé orgulhosamente. "Ele está com muito medo de ter sua bunda amassada na partida contra mim".

Ali estava, a faísca de competição que até o coração gelado de Beau não podia ignorar. Ele passou direto por mim com passos fortes em menos de dois segundos, murmurando por detrás da respiração ""Eu vou te enterrar na porra do chão".

O triunfante sorriso consumiu minhas feições. "Tecnicamente, é areia, e não você não vai".

Jill nos fitou enquanto nos aproximávamos, pausando o jogo. Seus amigos nos encararam, todos dando o típico sorriso de boas-vindas que em alguns casos são muito bons ou muito ruins. No meu caso, eu era muito bom e no de Beau, bem ele não dava um sorriso de boas-vindas, apenas cruzava os braços, porém o não tão amigável olhar não diminuiu o interesse, pois com certeza os amigos de Jill estavam encarando-o.

Isso mesmo, amigos, no plural.

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Nota da Autora

Twoony

DEVIN SÓ QUER ATENÇÃO BEAU!

Nota da Tradutora:

Toma cuidado Devin todos querem um pedacinho do seu Beau.

14 Days (PT-BR)Where stories live. Discover now