— Tem visto ele? — perguntei, mudando de assunto antes que a loira tivesse a brilhante ideia de perguntar sobre o que ele estava falando.

— De vez em quando David me deixa visitá-lo, mas ele sempre pergunta por você — assenti, sentindo meu corpo todo doer — Vai vê-lo?

— Sim! Quero que ele conheça a Dra. Swan!

— Então não deixe-o esperando por mais tempo — balancei a cabeça em negativa, Neal sempre priorizava os outros, sempre — Vocês são lindas e eu adorei a visita, mas estou muito cansado e aposto que o meu vizinho vai adorar passar um tempo com vocês.

— Eu volto aqui ainda essa semana, okay? — ele assentiu, enquanto voltava a se deitar na cama. Era nítido o quanto seu corpo estava cansado e querendo desistir. A terapia não estava funcionando.

— Foi um prazer te conhecer, Emma!

— O prazer foi todo meu, Neal — Swan esticou a mão em sua direção e Cassidy a aceitou de bom grado.

— Cuide bem de Regina, ela nem sempre sabe a hora de desacelerar ou de brecar de vez, alguém precisa ser o freio dessa mulher — um leve sorriso surgiu em seus lábios, mas eu sabia que ele falava sério e pelo o que pude perceber, Swan também sabia disso.

— Pode deixar, Neal! — seu sorriso largo me desconcentrou por alguns segundos e quando voltei a prestar atenção no que acontecia à minha volta, já estávamos próximas da porta de número 108. Parei meus passos abruptamente e respirei fundo — Regina, você está bem?

— Estou sim… Eu só — já tinha alguns meses que eu não o via, precisava fazer isso sozinha, pelo menos por alguns minutos — Se importaria se eu entrasse sozinha primeiro e depois chamasse você?

— Não! Claro que não! — Emma me respondeu e deu um leve sorriso de lado — Eu te espero aqui. Vai lá!

— Obrigada! — retribuí o sorriso e me aproximei da porta. Mesmo com receio de como iria encontrá-lo, eu destravei a porta e adentrei o ambiente.

— Eu não quero tomar outra vacina. Por favor, não faça isso! — eu podia ouvir sua voz, mas ele não estava no meu campo de visão. Provavelmente tinha se escondido embaixo da cama, como sempre fazia.

— Henry, sou eu! — foi tudo o que eu precisei dizer para arrancá-lo de seu esconderijo.

— Regina? — o pequeno correu em minha direção e se jogou em meu colo. Ficamos um bom tempo ali abraçados, apenas nos sentindo — Eu estava com saudades!

— Eu também estava, meu amor!

— Por que demorou tanto dessa vez? — e mesmo de forma lúdica, comecei a explicar para o garoto o motivo de ter demorado para visitá-lo — Então você quer fazer isso parar?

— Eu quero sim e eu vou. Você confia em mim? — ele assentiu — Eu vou acabar com tudo isso, tá bom?

— Tá bom! Eu só não aguento mais todas essas agulhas — seus olhinhos se encheram d'água e eu senti meu peito doer com aquilo. O puxei para um abraço e sussurrei em seu ouvido.

— Eu vou te tirar daqui, Henry. Eu prometo! — ele me apertou forte e nós desfizemos o abraço — Eu quero que você conheça uma pessoa.

— É uma pessoa legal igual a você e ao David? — assenti — Então eu também quero conhecer.

Emma

Já estava esperando Regina há uns bons minutos e estava começando a ficar inquieta. Toda aquela história parecia só piorar conforme ela me contava e mostrava as coisas. Eu sabia que estudos desse tipo precisavam de cobaias, mas normalmente não eram humanas, então vê-las e conhecê-las como estávamos fazendo naquele instante, causava pelo menos uns três tipos de embrulhos diferentes em meu estômago.

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