❤️ PRÓLOGO ❤️

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Meus amores! Agora iniciaremos a história!
Obrigada pelo carinho!
Clarice passará durante os próximos capítulos, grandes problemas!
Vamos torcer que tudo dê certo para essa personagem tão segura, forte e decidida!
Espero que vocês gostem!
Boa leitura!

Prólogo ❤️

     Dentro daquele quarto de hospital havia muito silêncio, mas dentro do meu coração, uma tempestade se formava de tanto medo que eu estava sentindo. Precisava sair dali o mais rápido possível, sem ser vista por aquele monstro!

       Desci da cama com o meu corpo todo tremendo, com a camisola do hospital um pouco aberta, mostrando minhas partes íntimas. Corri para o banheiro e me olhei no espelho. Os hematomas do meu rosto e dos meus braços estavam feios. Fiquei com raiva. Muita raiva mesmo! Tinha vontade de fazer o mesmo com ele. Será que eu merecia tudo isso que estava acontecendo comigo? Sentia-me envergonhada e um pouco culpada.

        Joguei um pouco de água da torneira da pia no rosto para tentar me acalmar. Meu corpo inteiro doía.

        Voltei para o quarto e procurei as minhas roupas. Elas estavam dentro de uma gaveta, em um pequeno armário. Coloquei com dificuldade o meu vestido e minhas sandálias.  Mesmo com dor, consegui me arrumar. Achei também a minha bolsa com os meus documentos, um pouco de dinheiro e o principal, o meu celular. Fiquei intrigada... Por que a minha bolsa estava comigo no hospital? Esse homem é complicado mesmo!

       Tinha que ir embora e ligar para a minha melhor amiga Becky. Eu sabia que ela estava ocupada com um bebê de oito meses, mas eu tinha certeza que ela seria a minha única salvação. Queria fugir para bem longe. Precisava dar um tempo de tudo!

       Passei as mãos pelos cabelos para tentar colocá-los no lugar. Fui até a porta e a abri bem devagar, colocando a cabeça para fora e espiando o corredor que parecia vazio. Era madrugada e estava um silêncio absoluto! Isso não era muito bom. Seria fácil o monstro me ver, mas resolvi sair. Eu parecia um fantasma, correndo naquele corredor à procura de um elevador. Uma enfermeira apareceu no meio do caminho e foi andando apressadamente atrás de mim, chamando-me bem alto. Ouvi um barulhão, mas nem virei para saber o que havia acontecido! Consegui despistá-la, mas aquele homem terrível me viu tentando fugir e ficou totalmente enfurecido!

       Se ele conseguisse me pegar, eu estaria perdida! O pânico tomou conta de mim, quando o percebi vindo em minha direção. Avistei o elevador e corri até ele, com o coração acelerado demais.

       A porta do elevador abriu e eu entrei, apertando desesperadamente o botão do térreo. Quando a porta estava quase fechando... ele tentou abri-la, empurrando-a com força.

        Eu peguei a minha bolsa e comecei a bater na mão dele, várias vezes e muito forte. Queria machucá-lo e descontar toda a minha raiva. O fecho da minha bolsa cortou fundo a sua mão, fazendo-a sangrar muito. Soltou um palavrão e sem forças, a retirou.

         A porta fechou e o elevador começou a descer. Ouvi seus berros estúpidos, xingando os seus capangas, pois não estavam tomando conta de mim como deveriam.

       Estava toda suada e parecia que eu ia infartar de tanto medo dele conseguir me alcançar na recepção do hospital. Quando a porta do elevador se abriu, o hospital estava muito cheio. Não sei o que havia acontecido para estar tão movimentado. Tive muita sorte, pude sair de mansinho, passando pelas portas de vidro, em direção à rua.

        Corri para bem longe. Avistei uma casa velha e abandonada que estava com o portão aberto. Entrei e me escondi atrás de um matagal. Fiquei quieta e encolhida. Esperei me acalmar e minha respiração voltar ao normal.

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