Will you hold me tight and not let go?
(Você vai me abraçar forte e não ir embora?)
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◦ Ryan On ◦
Já que tenho que avisar Charlie sobre minha viagem, decidi dar uma passada em sua casa antes da aula e ir com ela para a escola. Não posso mandar coisas tão importantes quanto essa por mensagem.
Toco a campainha e sua mãe atende. Ela diz que a Charlie ainda está dormindo e fala para eu ir acordá-la.
Subo a escada e ouço um barulho estranho vindo de seu quarto.
- Não se vá, por favor fica, eu preciso de você!
Abro e porta e percebo que ela está tendo um pesadelo, entro e fecho a porta. Acho que o melhor seria a acordar, eu acho.
Ryan: Charlie - sento na ponta da cama e passo as mãos em seu ombro para poder acordá-la - Charlie, acorda, você está tendo um pesadelo, acorda.
Ela se mexe na cama e vai acordando aos poucos, com o que será que ela estava tendo um pesadelo?
Charlie: Ryan? O que você tá fazendo aqui?
Ryan: Eu vim falar sobre uma coisa com você e sua mãe falou pra mim vir e te acordar. Com o que estava tendo pesadelos?
Charlie: Foi só um pesadelo, não precisa se preocupar.
Ryan: Preciso sim, você é minha namorada, por favor, não minta pra mim - ele diz em um tom de súplica - Sabe que pode me contar qualquer coisa né?
Charlie: É algo muito estranho, você vai me achar doida.
Ryan: Você estava falando enquanto dormia e está tudo suada, acho que é algo importante pra você. E eu não vou te achar doida.
Charlie: Mas aí eu precisaria te explicar muitas coisas antes desse pesadelo.
Ryan: Então vamos fazer assim, me conte só se você quiser realmente contar, e no seu tempo. Não vou ficar te pressionando - ela senta na cama e encosta na cabeceira.
Charlie: Eu tenho sonhos estranhos. Mas o mais estranho é já ter sonhado com você antes mesmo de nos conhecermos. Dessa vez eu te vi morrer no meu pesadelo. E esses sonhos sempre se encaixam no meu dia a dia de algum jeito, o que você queria me contar, era alguma coisa ruim? - me ajeito na cama para poder contar.
Ryan: É mais ou menos, a nova namorada do meu pai tá grávida, e ele do nada no meio da noite ligou, dizendo que comprou uma passagem pra eu ir pra lá conhecer a mulher.
Charlie: E você? Você quer isso?
Ryan: Eu realmente não sei. Eu não quero te deixar nem aos meus amigos e minha mãe, mas ela me disse pra perdoar ele. Eu não sei se eu consigo.
Charlie: Deita aqui. - eu faço o que ela manda, deitando ao seu lado e encarando a mulher da minha vida - se não fosse eu, seus amigos e sua mãe, o que você pensaria da viagem?
Ryan: Hum... Uma chance, uma nova chance talvez... De começar o que eu nunca tive? - digo em um tom de dúvida.
Charlie: Se você quiser, sem pensar no que os outros querem, você deveria ir. Se é o que você deseja, isso é a sua escolha, você tem que pensar em você - ela chega mais perto e toca no meu peito, onde supostamente fica meu coração.
Viro de barriga para cima e minha namorada deita sobre meus braços e fecha os olhos. O que ela disse, acho que ela está certa, se eu tenho uma escolha tenho que fazer isso por mim. Olho para o relógio e percebo que está quase dando a hora, o que eu mais queria nesse mundo era ficar assim para sempre, eu e ela, mas como um estudante eu ainda tenho aula, Charlie também, e ela nunca perderia a hora.
Ryan: Charlie
Charlie: Oi - ela se vira um pouco e me encara.
Ryan: Se o mundo estivesse acabando, você continuaria assim comigo? - acho que essa pergunta não faz sentido algum.
Charlie: Por que não? - ela diz em um tom brincalhão, acho que minha namorada é doida que nem eu, porém ela olha para o relógio e percebe o horário - estamos atrasados!
Ryan: Não podemos ficar aqui, desse jeito, pelo menos até o fim do dia?
Charlie: Quem dera! Tenho que me arrumar
Ryan: Vou te esperar lá embaixo.
Charlie: Fica - o que aconteceu com a santa que eu estava namorando?
Ryan: Mas você vai se trocar
Charlie: Idaí? - o que deu nela?
Ryan: Charlie...
Charlie: Eu só não quero ficar longe de você, você vai viajar sabe-se lá por quanto tempo... - seu rosto está em uma proximidade tão grande que não foi preciso muito esforço para nos beijarmos. O beijo dela, como se eu ficasse superaquecido ao sentir isso. - tenho que me arrumar
Ela levanta e vai até o seu armário escolher alguma roupa. Não demora muito e ela já está pronta.
Do nada ela para no meio quarto pensativa, olha para o teto, vira para a janela, e do mesmo jeito que parou, Charlie vai até seu porta jóias, retirando da caixa o colar de margarida que eu dei para ela. A mesma volta para a cama e senta ao meu lado.
Charlie: Eu sei que pode parecer muito brega... Mas... Por mais que eu vou sentir falta, é uma lembrança de mim... De nós... Fica com ele durante a viagem e me devolve quando você voltar? Eu só quero ter certeza de que...
Ryan: Charlie, eu não me importo se for brega, não se for com você - ela me abraça quase me derrubando na cama
Charlie: Eu sou muito frouxa, você não vai ficar nem uma semana fora
Ryan: Você é incrível! Isso sim! Vai ser menos de uma semana, mas isso parecem anos quando não tô perto de você
Charlie: Mestre das cantadas agora?
Ryan: Acho que sim - é engraçado a sensação que Charlie me traz, mesmo nos nossos piores momentos ela me faz rir, queria poder segurar a mão dela e não soltar nunca mais
Descemos e Charlie pega algo para tomar café da manhã no caminho, pois vamos à pé.
Ryan: No que tá pensando?
Charlie: Nossa proximidade
Ryan: Como assim?
Charlie: Tudo começou quando eu derrubei sorvete em você, e em alguns meses, olha como estamos.
Ryan: É estranho pensar que existia uma época em que eu não te conhecia. Você faz parte do que eu sou hoje.
Charlie: Que fofo! - ela encosta em mim enquanto caminhamos pela rua e eu apoio seu braço sobre meu ombro - vem me levar pra escola todo dia?
Ryan: Se seus pais não me tirarem de casa à vassouradas ou com um tiro de espingarda eu vou.
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Deja-Vu // Concluída
FanfictionSonhos, todos nós temos isso quase sempre, mas e se isso se tornasse real? E se a pessoa que você conhece em seu sonho entrasse na sua vida? E foi assim que Charlotte Springshine passou seu último ano da escola, tentando descobrir o significado de s...