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Beomgyu não acordou se sentindo bem, ou melhor, não queria ter acordado. De repente, da noite para o dia, ele se sentiu extremamente deprimido pela briga com Yeonjun, se antes ele estava brincando de que iria socar a cara de Yeonjun, agora ele não quer nem sair da cama.

– Beom? – A mãe entrou no quarto vendo o filho deitado na cama. – Você vai se atrasar para a escola se continuar deitado.

– Eu não tô com vontade de ir hoje. – Se virou para o lado da mãe.

– A sua irmã me contou sobre a briga com o seu colega, você não tem que dar trela pra gente como aquela. – Acariciou a cabeça do filho, Beomgyu sentia vontade de chorar. – O que você tá sentindo?

– Cansaço, indisposição, tristeza, essas coisas. – Cobriu o rosto com o travesseiro.

– Tudo bem, mas amanhã você vai, ok? Não quero sua irmã sozinha naquela escola. – Deu um beijo na cabeça do filho e logo foi embora.

Beomgyu se sentia triste, tanto pela briga, tanto pelas coisas que fez com Yeonjun, ele não fingia que não o conhecia, Yeonjun só poderia estar louco!
O garoto apenas se sentia extremamente triste por tão pouco, não era como se gostasse de Yeonjun ou algo assim, mas estaria mentindo se dissesse que não sente saudade do beijo, da mão no seu ombro, ou das mãos que ficavam na sua cintura, tudo isso era o que Yeonjun fazia consigo, mas agora tinha certeza de que ele não iria mais fazer.

– Kai! – Tocou no ombro do outro. – Beomgyu não vem?

– Pra que você quer saber? Pra chamar ele de esquisitinho de novo? – Kai perguntou a Yeonjun, tirando a mão do garoto de seu ombro.

– Ele não esteve na sala, eu tô preocupado. – Tomou um gole de seu suco.

– Ele não tava se sentindo bem, mas, por que vocês brigaram? – Taehyun perguntou.

– Por que o Yeonjun tá cismando que o Beomgyu tava fingindo que não conhecia ele. – Soobin entrou na conversa, com os dois braços ao redor de Kai, e com a cabeça em seu ombro.

– Mas ele tava! E eu só fui perguntar porque eu tava preocupado com ele! – Passou as mãos pelo cabelo.

– Não, ele não tava, mas você veio logo perguntando qual era o problema dele. – O garoto de cabelos castanhos sentou no banquinho que tinha.

– Tá, mas isso não era motivo pra me chamar de ego inflado. – Apertou os punhos, ele realmente já estava cansado dessa conversa.

– E nem pra chamar ele de esquisitinho, Beomgyu me falou sobre o beijo de vocês, e agora me parece que ele nem quer saber de você. – Taehyun balançava as pernas já que alcançava o chão.

– Agora vocês já brigaram, tem duas opções pra vocês, ou continuam brigados, e fingem que não se conhecem, ou vocês se resolvem e a gente fica de boa. – O loirinho mordeu o pão de queijo só namorado, este que fez uma cara incrédula.

Yeonjun sabia disso, mas tem um grande problema, os dois são extremamente orgulhosos, então nenhum dos dois tomaria a iniciativa, mas o certo seria o garoto de cabelos rosados, já que ele começou isso, mas Yeonjun vai fingir que não sabe disso.
O garoto já estava cansado desse assunto, ele estava extremamente desconfortável, não pelos amigos, mas sim por causa de uma garota que não parava de o encarar, Ryujin.
Não querendo estar mais lá, se despediu de seus amigos e disse que queria ir ao banheiro.

Ele odiava o que estava vendo na sua frente, era uma carta, uma carta de Beomgyu. Ele escreveu isso antes de ir embora, correndo, e tinha também algumas manchas na folha, Beomgyu escreveu aquilo chorando. Yeonjun nunca se sentiu tão péssimo assim.

"Oi, desculpa mandar isso, mas eu briguei com alguém particularmente importante, ele me chamou de esquisitinho, e isso me magoou, eu não sou tão esquisito assim, sou? Você me acha esquisito? Eu me arrependi de ter dito para ele que ele tinha ego inflado, mas ele realmente tem, não é como se eu gostasse dele ou algo assim, mas toda vez que eu vejo ele eu sinto borboletas, e meu rosto fica quente, é tudo tão estranho, mas agora eu tenho certeza de que ele me odeia, eu não quero mais voltar para a escola.
Eu sou um esquisito de merda mesmo, desabafando pra um cara que eu nem conheço, patético."

Yeonjun estava se sentindo péssimo, nunca imaginou que Beomgyu escreveria isso para ele, Yeonjun estava tendo um péssimo dia ontem, ele queria o Beomgyu, queria seu beijo, por que ele teve que estragar tudo?

Ele só quer resolver as coisas com Beomgyu logo.

– O meu irmão não tá bem, e você sabe que a culpa é sua. – Entrou na sala e ficou atrás de Yeonjun.

– Eu sei, Ryujin, eu não preciso que você fique esfregando na minha cara. – Se virou para a garota.

– Mas eu preciso, você tá destruindo a vida dele, e se você não resolver isso, eu resolvo, e não vai ser de um jeito legal. – Pegou no colarinho do uniforme do garoto, sinceramente, Yeonjun apenas não bateu em Ryujin por ela ser garota.

– Sai, desencosta. – Tirou as mãos da garota da camisa. – Não preciso dos seus sermões.

– Você precisa é de uma terapia! Fala sério, olha o que você tá fazendo com o Beomgyu, ele não quer nem levantar da cama, e agora, ele não sabe se gosta de você, ou de um cara aleatório que manda cartas pra ele, você tá fazendo meu irmão ficar doido! – Ela gritou e bateu as mãos na mesa.

– Seu irmão, gosta de mim? – Ele estava realmente surpreso.

– Parabéns Sherlock Homes! Voce só percebeu isso agora? – Ela raspava as unhas na parte de madeira que a mesa continha.

– Mas seu irmão me odeia. – Suspirou.

– Você é muito burro ou se faz? Se o Beomgyu não quisesse te beijar, ele não teria deixado você beijar ele duas vezes! Puta merda como garoto é tudo burro. – Passou as mãos pelo cabelo e depois virou a cabeça para o quadro que continha anotações.

– Ryu, – Ela virou a cabeça para ele. – Me ajuda com algo?

– Depende, – A menina olhou as unhas. – Você vai me pagar?

– Para de graça, é sério. – O garoto sentou na mesa. – Se eu te contasse algo, você acreditaria em mim?

– Depende, se você dissesse: "Ryujin! Eu tô gostando de você", eu não acreditaria, agora, se você dissesse: "Ryujin! To com medo de matar aquela barata!", aí sim eu acreditaria. – A menina tirou o casaco e o enrolou na cintura.

Eles ficaram em silêncio, Yeonjun tentando pensar em como contar que ele era o tal cara das cartas, e Ryujin esperando o garoto.

– Eu sou o cara das cartas. – Falou rápido, a menina nem ao menos entendeu uma palavra.

– Fala de novo, eu não entendi. – Ela chegou mais perto dele.

– Eu sou o cara da cartas. – Falou de novo, mas mais rápido ainda.

– Fala direito, porra! Parece que tá falando grego. – Empurrou o ombro do garoto fraquinho, na brincadeira.

Yeonjun apenas deu um suspiro longo.

– Eu. Sou. O. Cara. Das. Cartas. – Falou sílaba por sílaba e o queixo da garota literalmente caiu!

– Mano, que porra! Por que não me avisou antes? – A garota balançou ele.

– Por que você tá se remoendo de raiva de mim? – O garoto falou como se fosse óbvio.

– É, verdade, mas agora, que eu sei que você é o maldito cara das cartas, com o que você precisa de ajuda? – A menina olhou nos olhos do garoto.

Yeonjun tinha algo para concertar.

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O que sera que o yeonjun vai fazer kkk
Eu tive prova de ciências hoje, e mano que caos pqp
e pq parece que minha fonte tá diferente
não se esqueçam de votar!

Letters to the worst boy | Where stories live. Discover now