H&M As Peças VII

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Eles passaram bastante tempo na clínica do Dr. Abraham Carter. Portanto caminharam apressados em direção a carruagem que os esperava, com o intuito de chegar a tempo para o almoço. As ruas estavam mais calmas, naquele horário as pessoas provavelmente estavam descansando. A carruagem os esperava proximo a uma lojinha de antiguidades, eles entraram, sentaram-se confortáveis e partiram.

-Quem imaginou essa trama, deve estar satisfeito nos vendo andar em círculos. -Sherlock falou com satisfação, os dedos tamborilando sob a perna, estava imapciente William pensou e sorriu fitando aquelas ruas tão bonitas, eram impressionantes como a pintura de uma tela.

-Há apenas mais uma pessoa que devemos falar. - Ele acrescentou mirando Holmes com aqueles olhos que o deixavam perdido, principalmente quando havia aquela chama ali dentro, que poucas pessoas pareciam notar.

-De fato! Apenas me lembre de colocar roupas quentes. - Sherlock acrescentou, procurando afastar o rubor de sua face. Eles ainda estavam no meio do dia.

-Vamos retornar para a casa. O almoço nos espera. - William afirmou, quase lendo os pensamentos do outro.

-Os Andrews vão ficar decepcionados, estamos tão perdidos. -Holmes acrescentou exageradamente, concentrando-se no mistério diante deles.

-Em absoluto. - William confirmou, a boca curvando-se levemente em um sorriso enviesado.

E no momento seguinte, deslizou as mãos para abotoar a camisa de Holmes, -que curiosamente estava um pouco desalinhada- surpreendendo-o, seus dedos desenharam a clavícula dele. Depois acariciaram seus lábios, Sherlock agarrou sua mão carinhosamente e sussurrou.

-Não faça isso. - Havia súplica em sua voz, mas também havia algo mais. Seria um desafio? William beijou-o naquele momento, intensamente. E Holmes correspondeu, absorvendo tudo o que ele era, e o gosto que aquele beijo tinha. Mais perto, ele queria estar mais perto. Ele pressionou seu corpo contra o dele, de repente aquele lugar parecia pequeno demais.

Mas se ele pensasse bem, qualquer lugar seria pequeno perto dos sentimentos que haviam dentro do seu coração.

-Mais tarde. - William sussurrou ofegando, a pele corada e os lábios entre abertos, Holmes absorveu aquele cheiro tão reconfortante e assentiu.

O sol brilhava alto e ventos fortes começavam a soprar, quando eles se aproximaram dos jardins da propriedade dos Andrews. Duas carruagens estavam paradas a frente da casa, enquanto os cocheiros carregavam várias malas para dentro da mansão. A sra. Andrews gesticulava agitada, o rosto levemente corado e os cabelos bagunçados, parecia mais jovem. Enquanto seu marido conversava animadamente com dois rapazes muito bem vestidos.

-Ah, Sr. Pennyworth e Sr. James, venham conhecer meus filhos. - Ele gesticulou para que os dois fossem até onde os três estavam.

-Samuel. - O jovem se virou para os dois e deu um leve sorriso, tinha um cabelo escuro como o da mãe, e olhos claros, uma altura mediana e seus modos eram impecáveis.

-Meu pai falou bastante sobre vocês. - Ele usava um terno cinza, com um corte simples e elegante. Seus modos eram bastante serenos, mas havia algo de triste em suas feiçōes. - É um prazer conhecê-lo. - Ele apertou a mão dos dois detetives e foi ter com sua mãe.

-E este é Henry. - O garoto sorriu, e saudou os dois alegremente. Parecia agitado, e se retirou para o quarto. Ele tinha um cabelo, levemente comprido, que descia em ondas até a altura da nuca. Era irreverente e leve, seu terno azul escuro estava desalinhado e ele não parecia dar importância. Sherlock percebeu que algo no garoto desagradava ao pai.

-Vamos entrar! O almoço será servido em breve, nós teremos um banquete hoje. Há tanto para comemorar! - Thomas disse, suspirando de felicidade.

Sherlock assentiu e o seguiu, acompanhado por William. Ele o observou novamente, ultimamente fazia isso demais, como se estivesse com medo de perdê-lo de vista. Perguntava-se o que aconteceria quando esse mistério chegasse ao fim, estava tão perto. Os dois sabiam, sentia seu coração assustado, mas quando olhava para William tudo o que via era uma calma insondável. O que o preocupava e acalmava ao mesmo tempo, se é que era possível.

A mesa grande estava elegantemente colocada. Charles Donovan estava vestido de forma impecável, usando um terno cor de creme, que lhe caía muito bem, o garoto distraía-se conversando com Henry e sorriu para os dois detetives quando eles entraram.

Sherlock sentou- entre William e Charles, enquanto Moriarty permanecia proximo da Sra. Andrews que era toda sorrisos, seus os olhos brilhantes encarando os dois meninos, como as coisas mais preciosas de sua vida.

Ele permaneceu agradável, mas algo naquela reunião parecia errado, sentia-se desconfortável naquele ambiente, e algo o dizia, que havia alguém que não deveria estar ali. E esse sentimento piorou quando serviram o almoço. O tilintar dos garfos, o som das bebidas sendo colocadas nos copos.

A mesa estava repleta, com vários tipos de carne, porco assado, cordeiro, galinha. Legumes cozidos no vapor, batatas assadas, salada de repolho, massas e pães frescos, as bebidas eram servidas o tempo todo. Algo no posicionamento das taças estava incerto. Melissa já estava na segunda.

-Sherlock... -William murmurou preocupado, as mãos cruzadas sobre as pernas, os olhos avaliando o lugar o tempo inteiro.

-Eu sei. - Ele assentiu e falou alto. -Não comam nem bebam nada! - Ordenou, mas parecia ser um pouco tarde.

A Sra. Andrews o fitou com incredulidade, seus olhos espantados quando ela falou indignada.

-Sr. James! Por favor contenha-se! Hoje é... - Ela sentiu uma pontada intensa no estômago, como se alguém tivesse cravado uma faça ali e agarrou-se a própria barriga, os espartilho sufocando-a, e desabou no chão, ao mesmo tempo que a boca começou a espumar, e ela tremia incontrolávelmente.

Os criados correram para ver a comoção, e ficaram desesperados ao ver a situação de sua senhora.

-Veneno! Alguém envenenou a comida da Sra. Andrews. - Sônia gritou aparentemente perturbada.

-Chamem um médico! Agora! - Thomas rosnou, a fúria explodindo.

O sr. Andrews e todos os homens na mesa tentaram socorrê-la, mas já era tarde demais, e quando o Dr. Carter chegou, ele apenas confirmou o que todos já sabiam. Melissa Andrews estava morta.

O Amor Que Eu SonheiTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang