15 - O que eu faço?

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✵ Maven pov:

S/n mesmo tentando impedir que eu a pegasse não estava nas melhores condições para discutir. A pego no colo e ela continua mantendo a concentração no poder dela. Estou tão orgulhoso da minha mulher, mas não tenho tempo nesse momento para a enche-la de elogios.

O pequeno Henrique saí primeiro, marchando na frente do pai que não repreende o garoto. Deve ser treinado, nasceu em um lugar que sem dúvidas o treinou, um pai que sem dúvidas o deixaria preparado para o pior. Ele segura firmemente uma arma que é até mesmo maior que ele, mas isso não o impede de segurar da maneira correta.

Thomas entre mim e o pequeno apenas fala por onde temos que nos direcionar sem abrir a boca, a arma dele serve como o dedo indicador do loiro.

É inevitável que encontremos pessoas que S/n mantém debilitadas no chão. Quando eles percebem que dois dos seus antigos aliados com lenços escarlate nos seguem a expressão deles se focam somente nos loiros. Alguns parecem ter olhares que queiman mais do que o toque de um Calore. Outros parecem ter levado um raio da garota elétrica em suas cabeças, fazendo o cérebro fritarem em confusão. O que é certo é que todos resguman "traidores, farças" sem faltar as palavras de baixo escalão e maldições. Thomas e Henrique não se deixam abalar por isso. Seguem o caminho como se estivessem de férias, passeando em um lugar diverdido.

Não encontro uma gota de sangue vermelho ou prateado nos corredores. Se as pessoas do meu sangue estão invadindo esse lugar eles se mantém do lado de fora.

Não paramos a caminhada até vermos uma porta maior com várias pessoas ajoelhadas no chão. Pelas roupas não conseguiria adivinhar que cargo têm nesse esgoto. Mas pelas armas ao seu redor sei que eles guardam algo precioso, a saída.

— PARADOS! — Um grito é nítido, levo um susto ao pensar que os poderes de S/n falharam. Mas não. Ela falou que não machucaria o irmão. Por isso ele está de pé do outro lado do corredor gritando para nós.

Ele segura a arma tremulamente, não sabe ao certo em quem focar ela. A arma passa da minha cabeça, até a de Thomas e seu filho. Ele mantém distânde a possibilidade de ferrir a irmã. Thomas por parecer não ter nenhum vínculo firme o suficiente com Kilorn, aponta a arma diretamente a cabeça dele.

— Maven... —S/n sibila com a cabeça apoiada no meu ombro, deixando mais fácil de compreender ela. — Nã-o deixe ele se machucar. Po-r fa-vor.

Mesmo eu segurando ela, parece que é ela que me mantém de pé. Fico parado para eu mesmo não matar o irmão dela. Ele é uma incógnita no nosso caminho, que se S/n descobrisse que eu preferiria que tivesse morrido provavelmente me mataria.

— Não precisamos machucar ninguém. Você quer a mesma coisa que a sua irmã no fim. — Eu digo tentando entrar em paz com meu cunhado.

— Como sabe? Não nos conhece! —Kilorn fala com cara de poucos amigos, se aproximando em passos lentos.

— Conheço S/n o suficiente para saber que ela ama a completa liberdade. Com direito a tudo, até mesmo amor. Um amor de família que presumo que você sente saudade. Imagina como seria gratificante para ambos os lados conviverem juntos de novo. Deixaria não só você feliz, mas o amor da minha vida também, eu não poderia agradecer tamanha coisa.

— Acha que eu vou cair na sua teia de mentiras?! — Fala ainda se aproximando. — Você exilou seu próprio irmão!

— Ele não está mentindo. — Thomas diz e mesmo que Kilorn demore alguns segundos para digerir ele acretida, acretida em um traidor. — S/n não irá permitir que tirem um fio de cabelo seu fora do lugar. Se não em vez de ter a chance de explodir nossos miolos estaria se contorcendo no chão que nem os outros.

Amor em Chamas - Maven Calore. (+18)Where stories live. Discover now