Amor em Chamas - Maven Calore. (+18)

13 - Animal.

✵ S/n pov:

Nada... Não muda nada. Repito a mim mesma sobre Thomas já que Maven não teve nem se quer a chance de ouvir pelo Cal ter puxado ele para fora da sala. Penso em gritar, mas só iria gastar minha voz. Preciso pensar como sair daqui, o que me faz ter o trabalho de ter que pensar que nem a Maven já que ele parece ter um plano de fuga.

Mas pensar que nem a ele é difícil, para não dizer impossível. Tento pensar no próximo passo que ele irá dar já que pelo visto não iram me dar escolha, já que primeiramente eu fui pensada para ser apenas parte de uma chantagem para Maven ceder. Então a decisão de Maven terá em jogo muitas coisas, com que tática ele vai escolher jogar?

Minhas chances de replicar a mentalidade de Maven se fecha ao Cal e Mare atravessarem a porta que me separava do mundo de fora.

Cal me olha de uma forma difícil de saber que sensação ele está tentando passar. Sua boca esboça um sorriso aberto, mas seus olhos semicerados parecem preocupados e entristecidos. Seu cabelo está mais arrumado do que há poucos minutos atrás em que eu havia o visto, se for pensar que ele havia acabado de sair de um ataque suas condições estavam em perfeito estado.

Com as vestes que ele usa posso ser capaz de imaginar o príncipe tentando sair escondido do palácio com roupas que prateados nem se quer seriam capaz de usar como panos de chão. Ele parece mais magro, mas seus ombros parecem mais fortes e seu corpo cresceu para a altura de um adulto. Anda sempre com delicadeza mas ao mesmo tempo firmemente como se estivesse se preparando para uma dança na linha de frente de uma batalha. Ainda anda como um príncipe, ainda anda como um soldado, mas ainda têm algo escondido, algo que o deixa pisar com um pé para frente enquando ele torce para ser empurrado para trás.

Porque está agindo assim? Me de as dicas Cal, já é notável que você quer que eu perceba algo.

Mare está do lado dele, parece mais com um cachorro de vigia. Não querem deixar eu sozinha com o Cal, pelo menos eu acho que isso seria estupidez. É muito fácil de manipular ele e acho uma pena ter cogitado isso. Não vi Kilorn dês de que acordei, o que me faz pensar que a Guarda também não quer me ver com ele por ser ainda mais fácil de o fazê-lo mudar de lado. Isso é ótimo já que espero que meu irmão me escolha.

— Me emprestem uma faca? — Pergunto esticando a mão para os dois, mas em troca recebo a risada de Mare e o olhar confuso de Cal.

— Acha mesmo que iremos facilitar seu sonho de sair daqui? — Mare fala irônica mas eu reviro os olhos. Se eu realmente quisesse sair daqui agora não iria nem se quer precisar de uma faca.

— É para o meu vestido! Não é o mais confortável, quero corta-lo um pouco.

— Tenho cara de costureira? — Mare fala dando um passo a minha frente firme.

— Sua irmã têm. — Cal fala rindo como se estivesse contanto uma piada.

— Têm cara de uma segui-ordens vermelha. — Falo rígida também me aproximando de Mare.

— Não minta para si própria! — Ela diz sacando uma lâmina de sua calça e acertando um leve corte na minha bochecha antes que Cal possa se aproximar. — Você é daltônica, S/n?! Seu sangue também é vermelho! Temos muitas coisas de diferente rainha, mas a nossa cor é igual.

Ela me chama de rainha como se fosse uma afronta. Como se eu tivesse que me sentir machucada. Como se ela também se sentisse machucada. Mas o corte em mim já causa bastante dor. Não passa de uma pequena ferida artificial, mas que ainda assim arde.

— Basta Mare, saia. — Cal manda segurando o pulso da "para-raios."

— Não. — Ela responde. — Fomos mandados aqui para algo.