chapter eleven: Open Window

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Yelena Winter:
dia seguinte

Desço as escadas enquanto coloco a alça da mochila sobre meu ombro, paro assim que chego na sala ao sentir um cheiro bom de bacon e café misturados. Passo a seguir o cheiro até adentrar a cozinha e encontar Isabella parada perto do fogão, mexendo algo que julgava ser o bacon.

─── Não precisava fazer isso. ── Chamo sua atenção enquanto me sento sobre a mesa, abandonando minha mochila ao meu lado no tempo em que Isabella passa a caminhar em direção a mesa enquanto segurava a frigideira.

─── Teve uma noite difícil, achei que bacon e café poderia ajudar em algo. ── Isabella sorriu e me serviu um pouco do bacon. ─── Podemos conversar?

A garota se sentou em minha frente, deixando a frigideira de lado após se servir e passou a me olhar preocupada, por um momento tive medo que minha mãe se materializasse em minha frente, mas era somente Isabella se preocupando comigo outra vez.

─── Sobre o que? ── Pergunto desinteressada.

Isabella suspirou como alguém que soubesse que estava prestes a encarar seu pior desafio, mas diferente de muitos a garota não se acovardou e deu início a conversa proposta.

─── Ontem depois do que aconteceu...── As lembranças inundaram minha mente. ─── Você teve alguns problemas durante o sono.

Isabella corou, talvez tivesse receio que eu pensasse que estava me assistindo dormir e por mais que tenha pensado em falar eu não queria piorar seu estado.

─── Quais problemas? ── Pergunto inocente mesmo sabendo sobre o quê Isabella falava.

─── Acho que estava tendo um pesadelo. ── A garota suspirou. ─── Você não parava de gritar e-e estava se debatendo muito.

Isabella apontou nervosa para mim, não havia entendido qual era sua intenção mas assim que olho em direção ao meu pulso e o vejo enfaixado pude entender melhor.

─── Você se mordeu. ── Isabella explicou. ─── Eu tentei evitar mas você não parava, não me deixava ficar por perto.

A olho novamente e dessa vez com tanta atenção que pude notar um pequeno arranhão perto de seu olho, aquilo me deixou com a sensação de culpa e vergonha pesando os ombros.

─── Com o que estava sonhando? ── Isabella me perguntou preocupada.

Meu quarto nunca esteve tão frio e escuro quanto hoje, mas também nunca esteve tão movimentado. Eu não conseguia enxerga-lo mas ouvia seus passos caminhando de um lado para o outro, estava me rondando e pronto para atacar.

─── Então você é a humana que meus amigos tanto falam. ── A voz áspera ecoou por todas as partes, não permitindo que meu cérebro identificasse onde o responsável estava. ─── Me diz Yelena, você já sentiu como era morrer?

A voz voltou a ser ouvida e antes que eu pudesse responde-la sinto uma mão segurar meu tornozelo, me jogar contra meu guarda-roupa o quebrando com agressividade.

O grito morreu em minha garganta quando de relance vejo a janela aberta, trazendo com si o calor que fazia naquela noite. Desesperada busco ver o dia de hoje no calendário mas então lembrei... nunca tive um em meu quarto.

Mon Beau Vampire - Edward CullenWhere stories live. Discover now