Chapter Six: red eyes

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Yelena Winter:
Dia seguinte

Sua mão gelada agarrou meu pescoço com raiva, não somente pressionando meu corpo contra a madeira atrás de mim, mas também fincando suas curtas unhas em minha pele na qual criava uma dor aguda na região.

O monstro se aproximou e inspirou com força contra minha pele, estremeci sob seu contato enquanto sentia o choro preso em minha garganta. Eu sabia que iria morrer, o monstro sussurrava repentinas vezes que aquilo aconteceria.

─── P-por favor... ── Tento implorar por minha vida mas as palavras foram brutalmente interrompidas quando sinto minha pele ser rasgada por seus dentes, a dor do rasgo se espalhou por meu corpo e gritos histéricos me foram arrancados.

Quanto mais me debatia mais seus dentes pareciam afundar, mas eu continuava... em nome do desespero, em nome da minha sobrevivência.

Joguei meu corpo contra a porta atrás do meu corpo, ela presenciava minha morte. Junto comigo o monstro também avançou, aquilo pareceu benéfico ao mesmo já que seu aperto se intensificou e o ar se tornou pesado de ser inspirado.

Meus gritos eram abafados pela música alta do lado de fora da sala, era aniversário do filho do prefeito e como prometido a única coisa a ser escutada até o amanhecer eram as músicas, as gargalhadas e os passos de danças... ninguém ouviria meus pedidos por ajuda, ponto para o monstro.

Seus dentes ainda cravados em meu pescoço não sugavam apenas meu sangue, sugavam meu calor, minha força, cada gotinha de esperança que ainda me restava que isso era apenas uma alucinação e na verdade eu estava rodopiando com Louis pelo salão, ao som da adorável música que tocava nesse momento.

Minhas tentativas se encerraram ao mesmo tempo que o monstro se afastou e meu corpo despencou sobre o chão, meu corpo estava exausto até mesmo para sentir dor, havia mergulhado numa piscina de morfina que agindo contra a dor, a fez sumir por completo.

Meus olhos se encontraram uma última vez com os do monstro, um vermelho sangue estava brilhando em satisfação ao passar sua atenção para o rasgo em meu pescoço e me olhar novamente com atenção, querendo detalhar cada cena em sua mente de forma que jamais fosse esquecida.

─── Adeus Alicia. ── Sua voz rouca fora a última coisa que ouvi antes de ter seus dentes novamente cravados em minha pele, levando com si minha vida.

─── Edward! Não! ── Me debato com força contra os lençois tentando afastar aquela prisão das minhas pernas, o lençol escorregou para fora da cama com lentidão. Meu corpo tremia, minha respiração estava rápida e ofegante enquanto minha mão apalpava meu pescoço atrás do rasgo, mas não havia nada ali.

Tinha a impressão que dessa vez teria um ataque cardíaco, meu coração batia tão forte e acelerado que o pensamento de tê-lo saltando para fora do meu peito passava por minha mente. Novamente verifiquei meu pescoço que ainda estava inteiro.

─── Querida? ── Me assusto com a porta sendo aberta e encaro Peter parado entre o corredor e a entrada do quarto, pelo pouco da claridade do corredor pude ser sua cara de sono e a culpa por tê-lo acordado me atingiu um pouco. ─── Está tudo bem? Ouvi você gritando.

Por mais que sua voz estivesse sonolenta a preocupação a ultrapassava, Peter continuava a me encarar antes de fazer uma rápida vistoria apenas com seus olhos pelo quarto antes de me olhar novamente, esperando por sua resposta.

───... sim. Eu apenas tive um pesadelo. ── Consigo disfarçar o pavor que estava sentindo, usando o travesseiro para cravar minhas unhas e assim controlar o tremor da minha mão. ─── Me desculpa tê-lo acordado.

Mon Beau Vampire - Edward CullenOnde as histórias ganham vida. Descobre agora