O suspiro dela fora de alívio, assim como as pequenas lágrimas que se formaram em seus olhos. Não sabia o porquê do antigo chefe estar ali e tinha medo de que tudo acabasse da pior forma possível, mas por um segundo, se sentiu um pouco mais segura de sua situação."O senhor é testemunha?"- o promotor de justiça perguntou após vê-lo fazer os juramentos.
"Não."- Vincent respondeu.- "Sou maior autoridade no caso, e tenho um outro caso para abrir aqui sobre o réu."
Albert se ajeitou na cadeira, negando com a cabeça com o nervosismo.
"Okay, ouviremos após o intervalo de quinze minutos."- o juiz avisou, batendo o martelo ao pausar o julgamento.
Kaycee correu até o namorado e a mãe, sendo logo abraçada por eles.
"O que aconteceu?"- Sean perguntou.- "Por que o Vincent tá aqui?"
"Eu não faço ideia."- respondeu, chamando o melhor amigo.- "Amari, você fez alguma coisa?"
"Eu não."- negou.- "Nem tinha como eu fazer."
"Quem foi então?"
Negaram com a cabeça, sem ideia alguma de quem poderia ter envolvido o ex-chefe na situação.
"O que acha de um pouco de ar? Sim?"- Sean sugeriu, a abraçando de lado e caminhou até a porta.
"Eu preciso de água."- ela assentiu, o acompanhando.
Albert, por sua vez, mal havia saído de seu lugar, e quando o fez foi até a esposa e o filho.
"Querida, não é o que você..."
"Eu não quero saber Albert."- Vivian respondeu.- "Eu só sinto vergonha agora, não acredito que chegou a tal ponto."
Ela estava desolada, saber que o marido fora capaz de fazer algo tão ruim e chegar num tribunal era surreal. Aaron nem sequer dirigira a palavra ao pai, ocupado dando total apoio à madrasta.
"Só me responde uma coisa, você ia contar pra mim algum dia?"- o olhou.
Ele respirou fundo, negando com a cabeça.
"Ótimo."- murmurou.
"Vem, Vivian."- o garoto a chamou.- "Vamos comer alguma coisa antes de voltar."
"Aaron, eu..."- ele o chamou.
"Tchau."- disse simplesmente, levando a madrasta consigo para fora da sala.
O intervalo terminou depois de um tempo, e todos voltaram para onde estavam antes, voltando a abrir o caso. O promotor de justiça chamou por Vincent que se prontificou à depôr.
"O senhor estava no local?"- perguntou.
"Não."- respondeu.
"Tem provas do que aconteceu?"
"Não."- negou.- "Mas sobre isso, acredito plenamente na vítima."
Albert arqueou as sobrancelhas, observando o advogado protestar.
"Se o senhor não estava e nem tem provas do ocorrido, como quer depôr contra o meu cliente?"
"Seu cliente é meu ex-ceo da empresa, senhor."- ele respondeu.- "E além disso, tenho como abrir outro caso com o que trouxe comigo."
"Por favor, vamos logo com isso."- o juiz se manifestou.
Hillary, a secretária de Vincent se aproximou, com um envelope branco. Pegou o mesmo, entregando para o promotor de justiça.
VOCÊ ESTÁ LENDO
"Ride or Die"
Ficção AdolescenteKaycee Rice é uma designer gráfica numa empresa grande de Nova York, lugar para onde se mudou com seu melhor amigo quando terminou a faculdade, para ter um futuro melhor e um pouco de independência. Um ela tinha, o outro já não sabia se realmente te...