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Redenção

Cheguei ao fundo do poço,
Me esgotei de tentativas,
Absorvi muito desgosto,
Minh'alma é uma terra esquecida.

E se sempre estive no fundo poço?
Eu segui, fiz tudo que podia
Com essa corda em meu pescoço
Penso em tudo que eu amaria
Se eu não tivesse desanimado tanto.

Não perdi o chão,
Me afundei no mar de desilusão
A esperança é inexistente
Onde só há escuridão.
E agora aos prantos,
Te escrevo essa abominação.

Eu tentei e não consegui,
Tudo que quis pareceu tão impossível
Nessa vida só caí e perdi...
Eu me levantei tantas vezes
E caí novamente a um terrível estado deprimente.
Sou a estrela solitária do céu
Habitante deste mundo decadente.

Cheguei ao meu limite...
Chega desse sorriso mascarando.
Estou sofrendo,
Psicologicamente estou tão cansado
E isso está rompendo
Toda minha sanidade...
Meus olhos negros só querem ver
A beleza da morte mais cedo,
Para que continuar seguindo frustrado?

Eu não nasci para viver aprisionado,
Estou preso na minha mente
Feito uma marionete,
Refém dos meus transtornos.
Por isso quero na morte a liberdade
Pois a redenção é apenas para poucos.
Ninguém entende a minha dor,
Nem nunca entenderá
Quer viver na ilusão?
No momento certo sucumbirá.

Nem a psicologia é capaz
De me orientar a uma solução,
Ninguém entende como eu vejo tudo,
Chega a ser um absurdo,
Esse assunto é insano e profundo.

Para mim é tarde demais
Estou chegando perto de encontrar
a minha paz,
Em direção ao fim.

Me enforco ou me jogo de algum lugar alto?
Cogito essas possibilidades, talvez.
Meu suicídio vai ser um barato
Pois voltar atrás eu não irei.

Poeta: Mateus S. de Almeida

ALAMEDA DOS POETAS - VOLUME 3 (Concluído)☑️Onde as histórias ganham vida. Descobre agora