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Desilusão

Estou mergulhando de volta ao passado, bem fundo,
Tem algo lá atrás que está me prejudicando muito
No atual presente onde tento ser feliz.
Queria apagar as cicatrizes,
Como se fossem simples rabiscos de giz,
Mas não é tão fácil quanto parece.
Meus olhos tentam dimensionar essa dor pra fora,
Eu me sinto ruindo, me sinto quebrando, indo embora.
Essa solidão repleta só me causa desgosto,
Ironicamente dou um meio-sorriso
Para o momento especial que tivemos em Agosto,
Que agora me serve senão para envenenamento.
Esse estrago nunca será reparado, nem mesmo pelo tempo.
Amar é arriscar-se, amar é quebrar a cara,
Quando as expectativas dão todas erradas.
Queria novamente algo que fizesse
sentir-me vivo.
Estou só o trapo, parecendo um zumbi,
Um corpo e uma alma em decomposição.
O amor é a droga de um jogo de azar que traz nossa retalhação.
Os mentirosos dirão que o amor é puro,
Que é divino, entretanto, eu lhe digo,
Nesta noite onde mais uma vez tô fadigado,
O amor é uma armadilha mortal
Para os tolos descuidados.

Poeta: Mateus S. de Almeida

ALAMEDA DOS POETAS - VOLUME 3 (Concluído)☑️Where stories live. Discover now