Título: Anos Bons
Para onde me cai a visão
Vejo os mesmos olhares
Frios
Cansados
Olhares sem vida.
O que pensam?
O que os preocupa
Nesta gélida manhã de quinta-feira?
Sustento a vista na calçada
Penso comigo
O ano se esvai
E pouco a pouco
A vida me foge.
Faço o mesmo trajeto
Cotidianamente
Os mesmos rostos
Expressões já vistas antes
Semelhante é o sabiá
Que ouço a cada manhã.
Apresso o passo
O tempo corre
Chego e logo me assento
Deixo a mente me levar
Observando os demais colegas.
Aqui
Vejo expressões esperançosas
Rostos alegres
Ao menos
É o que vejo superficialmente
Mas o que se passa em seus interiores?
Gosto de pensar
Que estão tristes adentro
Por um ciclo que se vai
Como se veio.
Faces vistas diariamente
Agora darão adeus
Lá se vão os anos bons
Risadas não serão mais ouvidas
E o falatório
Se cessa
Tal como se inicia
Mas porque estou triste?
Por que existe uma sensação de vazio?
Se eu sempre soube
Que tal coisa viria a ocorrer?
Poeta: S. Campos
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ALAMEDA DOS POETAS - VOLUME 3 (Concluído)☑️
PoetryVenha se aventurar mais uma vez ou à primeira experiência. Eternos em palavras - dessa forma permanecem os poetas que visam sempre emocionar, passar uma mensagem, consolar, fazer a magia com a arte de versifiicar, porque literatura também é arte e...
