Capítulo 38

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Jade

— Hiberny se moveu. -falei.

Rhysand e Azriel xingaram.

— Já sabíamos. -disse Azriel.

— E porque não me contaram? -questionei.

— Porque não queríamos te preocupar agora. -suspirou Rhysand.

— Ah, que ótimo. -falei.

Eu me abanei, murmurando uma maldição, prendendo os longos cabelos em um coque.

— O que você tem? -questionaram juntos.

— Estou passando mal estes dias.  —falei— Aron está da mesma forma, ele disse que é algo do nosso sangue lupino.

Eu xinguei, abrindo uma janela, enfiando meu rosto no vento.

— Juro que isso é insuportável, já perdi as contas de quantas vezes desmaiei, uma delas na frente das crianças. -murmurei.

Eles arregalaram os olhos.

— Proibi Aron de ir nas patrulhas, ele está péssimo. -falei.

Eu me segurei no parapeito da janela.

— Acho que estou até pior, mas dá para aguentar.

— Jade, você está pálida. -Rhysand e Azriel se ergueram.

— Jura? -ofeguei.

Minhas pernas vacilaram e Rhysand me segurou com rapidez.

— Respire. -instruiu.

— Eu já tenho... Um plano. -eu disse, lentamente.

— Neste estado?? -Azriel me encarou.

— É um bom plano, fica quieto e escuta. -respirei fundo.

Eles me encararam.

— Eu vou matar Hiberny, antes da guerra. -falei.

— Como?? -gritaram.

— Fechem a merda da boca. -reclamei.

Eles se calaram.

Eu me soltei de Rhysand, me recompondo.

— É o ideal, visto que não vou poder ajudar na guerra caso ela chegue, não tenho tempo. -falei.

— Como pode não ter tempo?? -questionou Rhysand.

— Nem eu e nem Aron poderemos ajudá-los. -falei.

Eu me segurei na mesa.

— Porque nós estamos morrendo.

Silêncio, os dois machos estavam incrédulos, os rostos pálidos.

— Impossível. -disse Azriel.

Eu apontei para a rosa que flutuava, sendo protegida por uma cúpula de cristal.

Boa parte de suas pétalas haviam caído, e ainda estão caindo mais e mais, a cada segundo, a cada minuto, a cada hora que se passa.

— Quando aquelas pétalas caírem por completo, quando a rosa estiver sem elas, eu e meu irmão vamos morrer. -falei.

— M-mas por que? -Rhysand gaguejou.

— O enigma da lua. —falei— já ouviram falar? Que a deusa da lua escolhe dois seres para obter poder? -questionei, ofegando.

— Já li a respeito, eu acho. -Azriel disse.

Eu assenti.

— Um beta e um Alpha. —falei— dois seres, um será seu supremo e o outro o beta celestial da lua.

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