Capítulo 8

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Jade

Eu encarei eles piscarem.

— Fez essa arma... Para matar Tamlin? -ela questionou perplexa.

— Sim, e para matar outras pessoas que me irritarem também. -falei.

Ela girou seu olhar para um mapa, o qual estava marcado e riscado na muralha.

— O que é isso? -ela questionou.

— Uma missão idiota, não valeu a pena já que o motivo desta missão estava se apaixonando pelo seu carcereiro. -encarei ela.

Ela me fitou.

— Você... Você foi até a muralha por mim? -ela questionou, os olhos marejados.

— Fiquei um mês naquela porcaria, mas a abertura estava bem escondida, quando achei no mapa o lugar ao qual a abertura poderia estar, Nestha avisou que você havia voltado ao palacete, e então ido embora dois dias depois, para ir atrás de seu "grande amor". -falei.

Ela deixou uma lágrima cair.

— Jade, eu...

— Não gosto de sentimentalismo, odeio isso desde que você foi levada, aquela besta maldita me viu chorar, chorar, coisa que nunca fiz nem na frente da nossa mãe. -falei.

— Durona. -bufou Cassian.

Eu o encarei.

— Pra você ter noção, eu nem ao menos chorei quando eu nasci, ouviu? Se eu não chorei diante do curandeiro quando nasci, eu não chorarei diante de nenhum ser que pise neste mundo. -falei.

Eu apontei com a pistola para o covil.

— Isso aqui é o meu domínio onde eu não preciso ficar ouvindo a ladainha de ninguém, não preciso ouvir o mal humor de Nestha, não preciso ouvir a voz fina e irritante de Elain, muito menos o choro besta dela por algo que não vale nada. —falei— eu perdi o sentimentalismo há muito tempo.

— Obrigada, por... Por não ter desistido de mim. -murmurou Feyre.

— Não faz sentido, se no fim você esqueceu que tinha irmã, irmãs, mesmo que as outras duas não prestem em relação a você. -falei.

— O que isso faz? -questionou Cassian.

Nós giramos os olhares para ele, ele estava com uma esfera de prata.

— Isso é uma bomba de fumaça, não solte no chão. -falei.

— Tá.

Ele pôs ela na mesa, e a mesma rolou, indo ao chão.

Eu bufei inspirando lentamente.

— Merda, Cassian.

Uma explosão, explosão de fumaça azul e rosa preencheu todo o covil.

— Mas que porra. -ouvi Cassian xingar.

Eu suspirei, pondo meus óculos, jogando as duas lentes de visão gasosa.

Pus enxergar além de fumaça, Rhysand, Feyre, Cassian, Azriel.

— Azriel, pode bater as asas? Sombrinha. -questionei.

Ele ergueu o olhar na fumaça, tentando me encontrar.

Ele assentiu, então bateu suas asas, três vezes, e a fumaça recuou.

Eu tirei os óculos.

— Viu? Não pode jogar no chão, são sensíveis. -falei, me erguendo do trono.

Eu caminhei até ele, pegando o caixote de esferas e o pondo em cima de uma prateleira, fora do alcance do grande illyriano.

— Você quem fez também? -Feyre questionou.

Corte De Névoa E VidroOnde as histórias ganham vida. Descobre agora