Capítulo 10

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Jade

Eu observei Feyre tentar acender um pavil de vela, eu estava ao longe, ela não me viu.

Estava tranquilo até que...

Uma criatura surge, a agarrando por trás, eu caí do galho da árvore onde estava, de encontro a neve.

Mas que merda...

— Se gritar, eu te mato. -ele sibilou.

Não sabia como havia ouvido de tão longe.

Ah mas não vai.

— Feyre, abaixe! -grunhi sacando a pistola.

Ela obedeceu, a criatura girou o olhar em minha direção, o disparo soou explodindo entre a neve e o vento frio, e a criatura tombou sua cabeça para trás, sendo atingido em cheio pela bala de prata e freixo, com verbena.

Ele soltou Feyre de imediato, cambaleando, batendo as asas para tentar escapar, mesmo que iria morrer.

A cabeça dele é repleta de protuberâncias duras, a bala deve ter se alojado no crânio, o freixo deve estar fazendo o seu trabalho.

— Ah mas você não vai fugir não. -falei.

Puxei uma pequena esfera de meu bolso, puxando com os dentes o pino dela.

Eu a lancei na direção da criatura, a esfera de partiu em duas, com cordas de de fios de aço.

As cordas se agarraram às asas da criatura, as duas pontas da esfera se encontraram, se chocando e se unindo com seu imã, celando o nó.

A criatura foi ao chão com o impacto, com as asas amarradas.

Feyre me encarou pasma, ofegante.

Eu caminhei lentamente até a ciratura, sem qualquer medo.

— Achou mesmo que iria pegar minha irmã? Criatura asquerosa. -pisei em sua cabeça, a afundando pouco na neve.

Feyre ofegou, era a primeira vez desde que a vi que eu a chamava de irmã de forma nua e crua.

— Tenha piedade. —sibilou a criatura— meu crânio queima.

— É pouco, muito pouco. -ciciei.

— Tenha piedade, você é humana.

Eu sorri.

— Sou uma humana. —concordei— sem um pingo de humanidade.

Eu atirei em sua costela e ele rugiu de dor.

Rhysand surgiu e ouvi Feyre murmurar...

— Sabia que ele viria atrás de mim.

É hoje que teremos grão-senhor no espeto.

Ela começou uma discussão com ele e saiu furiosa para o palacete.

Azriel pousou na neve com graça e poder.

— Deixe que cuido dele. -sua voz era fria.

— Disso? —afundei mais a cabeça da criatura que urrou de dor— eu cuido dele.

— Você não...

Eu fiquei com o rosto a centímetros do de Azriel, nossas respirações se mesclando em nuvens geladas de ar.

— Eu não gosto de ser contrariada.

— É meu dever torturar.

A criatura tremeu ao ouvir aquilo.

— Não está na corte noturna, está nas terras humanas, está na propriedade de minhas irmãs, minha propriedade, e quem dita as regras aqui já que elas não se importam, sou eu. -ciciei.

Corte De Névoa E VidroOnde as histórias ganham vida. Descobre agora