Capítulo 29

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Jade

— Azriel, sente aqui. -pedi, pacientemente.

Não sabia como estava sendo tão calma sendo que estou a beira da explosão.

— Você quem deveria se sentar, amor. -ele me encarou, alarmado.

— Sente, pela mãe, sente. -fechei meus olhos, contando até três mentalmente.

Ele sentou-se na cama.

— Agora você também. -ele apontou pra cama.

Eu neguei, bagunçando os meus cabelos.

— Azriel, eu... Eu não posso fazer isso.. -falei.

— Fazer o que? -questionou.

— Isso, ter filhos, eu não posso eu... Eu não sirvo para essas coisas. -falei.

Ele piscou.

— Acabei de me livrar do fardo de ficar cuidando das minhas irmãs, eu queria cuidar de mim, e agora, eu vou ter que fazer de novo, cuidar de outros. -falei.

Ele apenas me encarou, esperando eu terminar.

— Eu nunca quis ter filhos, Azriel, nunca foi um plano oi uma meta de vida como muitas mulheres tem, eu não quis e não quero. -falei.

— Está dizendo que nossos filhos são um fardo? -sussurrou.

— Pela mãe, não ponha palavras em minha boca, só... Só... Puta merda.

Eu inspirei fundo, contando até três.

— Azriel, eu não quero ter isso, os bebês, eu não posso, não consigo. -falei.

— O que está dizendo?? -me encarou alarmado.

— Que eu vou tirar os bebês. —falei— estamos em guerra, bebês seriam uma burrada enorme, fora que essa burrada eu não desejaria ter nem mesmo se estivéssemos em tempos de paz. -cruzei meus braços.

— Jade, não tome decisões radicais.. -sua voz vacilou.

— Eu não quero, não vou ter essas crianças Azriel, quanto mais cedo eu tirá-las, melhor vai ser, antes que um de nós se apegue demais a ideia. -falei.

Eu encarei o mesmo, vendo uma lágrima escorrer de seus olhos.

— Pelo o visto você já se apegou a ela.. -murmurei.

Ele assentiu.

Me odiei ao ver sua expressão, seus olhos que eram como os de uma criança, cheios de lágrimas, dor, eu jamais o vi assim.

— Entenda que eu não consigo. —sussurrei— eu não consigo suportar mais isso.

Senti um toque em minhas coxas, eu baixei meu olhar, encarando Azriel, o mesmo estava de joelhos diante de mim, as asas do guerreiro sempre erguidas agora estavam baixas, seus olhos estavam suplicantes, tão suplicantes que meu coração murchou com dor.

— Eu imploro.. —sussurrou— eu a imploro, por favor, não faz isso... Não tira os nossos filhos.

Eu fechei meus olhos, uma lágrima escorrendo no ato.

— Não posso. -falei.

— Não, meu amor, por favor, não. -ele abraçou as minhas coxas.

O corpo do grande illyriano tremeu em um soluço.

— Eu sinto muito, Azriel. -murmurei baixinho.

— Rhysand...

— Ele jamais deve saber que um dos bebês era filho dele, Azriel, jamais deverá saber que eu já esperei um filho dele algum dia. -falei.

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