Capítulo 28

2.4K 345 147
                                    

Jade

Eu encarei os dois machos diante de mim, sentados em cadeiras diante da minha mesa no escritório, o qual já estava devidamente em ordem e reformado.

Eu os encarei.

— Você está casado com Feyre. -apontei para Rhysand.

Encarei o espião.

— E você não tem impedimento nenhum. -falei.

Eu juntei minhas mãos na mesa, minha cabeça martelando, tentando achar uma forma aceitável de resolver essa situação.

— Posso largar Feyre...

Eu e Azriel o encaramos.

— Imagino como ela ficará, não deu certo com um Grão-Senhor, depois achou que econtrou o amor com outro, e daí ele vai e lhe deixa. -falei.

Essa família é complicada, graças aos deuses que eu saí dela.

— Eu quero você, Jade, a quero desde que fomos ao palacete pela primeira vez. -ele disse.

— Criatura, não creio no que está dizendo, você sonhou com Feyre, ela é sua parceira. -eu já via que esse escritório iria explodir de novo.

— Mas também sonhei com olhos verdes e rosas vermelhas. —ele disse— porém nunca disse a ninguém, nem mesmo a Feyre.

Eu pisquei, Azriel piscou.

— Você é problemático. -disse o espião.

— Não me interessa, é errado, e eu não vou participar de uma merda dessas. -falei.

— Mas..

— Não! —falei cortante, pegando um biscoito— vá atrás da sua parceira.

— Estou diante dela.

— Não falo de mim, e você sabe muito bem.

Ele se ergueu, frustrado.

— Só quero saber de uma coisa. -falei.

Ele parou.

— Esse era o motivo para você me odiar tanto? -arqueei a sobrancelha.

— Eu nunca te odiei. -ele disse.

— E então?

— Eu odiava a mim mesmo por te desejar tanto, e por ter perdido o sentimento que tinha pela sua irmã assim que bati os olhos em você. -ele disse.

— Feyre não é minha irmã, não mais, nenhuma delas é. -falei.

Rhysand encarou-me uma última vez antes de sumir.

Eu suspirei, fechando os olhos.

Eu só me lasco.

Eu estava na mesa, tomando café com Lucien e Azriel.

— Que cara é essa? -questionou Lucien.

— A mesma de sempre, não tem como trocar. -falei.

— Grossa.

— E gostosa.

Ele revirou os olhos.

Eu fiz careta para o morro de comida no prato dele.

Odeio cheiro de bacalhau, quem como bacalhau no café da manhã?

— Não quer provar? Garanto que é bom. -disse Lucien.

— Não. -neguei.

Eu encarei meu próprio prato, onde há bolo, torradas e frutas cortadas.

Corte De Névoa E VidroOnde as histórias ganham vida. Descobre agora