Fuga

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Olá, pessoinhas :3

Feliz ano novo! Desejo muita paz e saúde para todos.

Boa leitura!
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O vento assoprava o cabelo da loira sem hesitar. Lucy não sabia onde estava, nunca tinha ido até àquele lugar antes.

Olhando para trás, viu uma casa não muito grande. As paredes pretas lhe davam arrepios, parecia que algo, ou alguém, escondia-se ali, apenas para observá-la. A porta era a única coisa branca, destacando-se. Estava aberta, como se a convidasse para entrar.

Lucy hesitou. Não sabia o que a aguardava lá dentro, mesmo assim deu o primeiro passo, a curiosidade era mais forte do que seu medo.

— Estou em um sonho, certo? O que pode acontecer de ruim? — riu de si mesma, entrando na casa.

A porta fechou-se atrás de si, impedindo-a de sair. Dentro, a casa era completamente escura, sem nenhuma lâmpada ou vela para iluminar. A loira deu passos curtos, temendo tropeçar no desconhecido. Quando estava quase encostando na parede, a luz acendeu.

A sala estava completamente vazia, sem móveis, tapetes ou qualquer decoração. Apenas um grande “quadrado” de madeira.

— Estranho… — murmurou, tateando as paredes.

Por sorte, ou azar, um pedaço da madeira afundou com o toque da loira, revelando uma pequena abertura com um botão vermelho.

— Seja o que Deus quiser — apertou o botão sem pensar duas vezes.

Ao lado da abertura, uma porta azul surgiu, a qual Lucy logo abriu para ver o que tinha dentro. Estranhamente, a entrada levou-a novamente para o lado de fora da casa.

— O que está acontecendo aqui? — reclamou, entrando na casa de novo e repetindo o processo, obtendo o mesmo resultado. — Só pode ser sacanagem…

— Repetir o que já foi feito, muita piada — ouviu uma voz masculina.

— Quem está aí?

— Não ligue para mim, sou apenas um mero observador. Vá! Reveja seus passos.

Receosa, Lucy decidiu seguir o que a voz tinha lhe dito. Entrou novamente na casa e seguiu até a parede, para que a luz acendesse. Dessa vez, não tateou a parede, mas sim o chão. Pisou com força em alguns pontos, deu pulinhos em outros, até uma nova abertura surgir.

O botão também era vermelho e, dessa vez, uma porta azul surgiu no chão. Lucy olhou com dúvida, mesmo assim abriu-a e olhou. Lá embaixo, viu um lago.

Pulou, tampando a respiração antes de afundar. Subiu para a superfície e nadou até a beirada. Um pouco mais para a frente, viu a mesma casa novamente.

— Deve ser algum tipo de pegadinha... — resmungou, espremendo as roupas encharcadas.

Em passos longos, entrou na casa pela quarta vez. Como se estivesse em uma “fase reiniciada”, suas roupas voltaram a ficar secas do nada. Ignorando esse fato, a loira fez os mesmos passos de antes, dessa vez, ativando as duas portas.

O feito surtiu efeito, pois uma terceira porta, da mesma cor das anteriores, surgiu no teto, com uma corda.

— Virou gincana… É cada sonho que eu tenho.

Sem muitas alternativas, a loira subiu com a ajuda da corda, abrindo a porta e se segurando nas beiradas para não cair.

A nova sala parecia um porão inutilizado há anos. Por onde passava, as pegadas da loira fixavam marcadas na poeira, teias de aranhas cobriam o teto e, de novo, não havia nada no local.

Espectro FlamejanteWhere stories live. Discover now