A New Attempt - Xue Yang & Xiao XingChen

Em busca de Xue Yang ( Parte 2)

- Vou atrás dele. - Xiao disse decidido.

- Ótimo! Eu vou procurar por ajuda. - Song Lan falou já se preparando para partir.

- Não!!! - a voz, sempre calma de Xiao XingChen, elevou alguns tons. - Façamos o seguinte, você irá partir e se em dois dias eu não o encontrar, mandarei nuvens aos céus para que venham me auxiliar.

- Não tem medo de que nesse meio tempo ele já esteja bem longe, irmão?

- Eu deveria. Mas, sinceramente, ele está fraco e confuso, não conseguirá correr para longe, seu corpo ficou muito tempo parado e ele deve estar sentido esse efeito, além disso, eu não permitirei que ele escape de mim nunca mais.

- Não se preocupe, isso não soou nem um pouco possessivo e sombrio, irmão. - Song Lan utiliza do seu raro sarcasmo para falar.

- Sombrio ou não, dessa vez não deixarei que Xue Yang vá embora sem que antes nos falemos verdadeiramente. - Xiao fala recordando a primeira vez que Xue fugiu depois de drogar o mesmo, da segunda vez quando ambos estavam constrangidos demais para falar profundamente dos próprios sentimentos e da última vez quando Xiao não lhe permitira uma explicação e isso lhe custara a vida.

- Parece verdadeiramente determinado.

- Você não tem ideia. - Xiao afirma, olhos na floresta e punhos cerrados.

O frenesi em seu coração era maior do que em qualquer batalha que ele já estivesse estado. Só a mera possibilidade de recuperar Xue Yang... lhe levava a um estado caótico de múltiplos sentimentos e sensações.

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Queimava.

Feito ferro quente, irradiando por todo seu peito.

Xue tateou o local, mas mesmo sentindo a insuportável e invisível dor, não havia ferida alguma aberta ali.

Então por que raios doía tanto?

Ele se encolheu sobre si mesmo, esperando que a ardência fosse embora, mas ela não foi, nem mesmo diminui, apenas permaneceu assim. Dando leves fincadas em seu coração, levando o gosto de bile e sangue a sua boca, o fazendo querer vomitar mesmo não tendo nada no estômago.

Passado um tempo Xue se reergueu, ele precisava fugir.

Mas fugir de que?

Era uma pergunta que ele mesmo não saberia responder. O único que sabia era tinha que de correr para o mais longe possível, mesmo que suas pernas já estivessem arranhadas pelos galhos secos, mesmo seus pés estando dormentes e sangrando, mesmo que o cansaço e a dor implorassem para que Xue Yang sucumbisse, mesmo assim ele continuou... ele fugiu.

O único que tinha certeza é de que estava encurralado. Não sabia por quem ou o por que, mas sabia isso e precisava fugir.

E foi isso que o fez.

Logo, sua cabeça começou a doer, a latejar ainda mais que seu peito, imagens semelhantes a recordações abriam portas da sua mente, e levavam mais do que dor física para ele, agora as dores eram mentais.

Xue lembrou de tudo. De cada mínimo e mísero detalhe da sua vida, de cada sórdida pessoa e situação que o levaram ao fim.

Dessa vez a mente de Xue desvaneceu ante o desejo de seu corpo.

De joelhos Xue caiu, a macia pele de encontro às duras e afiadas pedras no chão, mas quem se importava? Seus pés já estavam tão estraçalhados e dormentes, seu corpo tremia pelo choro e pelo frio, o atrito de seus dentes batendo um contra o outro dava a impressão que até poderiam quebrar, seus olhos doíam pelas lágrimas derramadas de outrora e pelas que acabara de soltar, sua garganta queimava por seu copioso pranto, e em seus braços longos, finos e pouco profundos cortes foram se formando, provocados involuntariamente por sua próprias mãos que de alguma forma queriam transformar a dor em seu coração em algo puramente físico.