Xue Yang volta para o exato momento em seu passado, onde suas más decisões causariam suas futuras desgraças. Arrependido e com uma nova visão de vida ele iniciará um processo para mudar seu ínfimo destino. Porém, nem tudo é o que parece ser. Será qu...
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Além dos vales verdejantes e dos prados coloridos, havia uma pequena e simples casinha, não estava muito longe das seitas e do mundo do cultivo, mas tampouco muito perto de toda a agitação, se alguém um dia por acaso passasse por ali, seria capaz de ver um homem vestido em azul e branco, com uma faixa enrolada nas mãos, trabalhando no campo, colhendo frutas ou cozinhando. Na maioria das vezes ele convidaria essa pessoa para entrar, comer e conversar, ele seria receptivo, mas jamais permitira que entrassem mais no fundo da casa, a pessoa estranharia, mas não questionaria, uma coisa era certa ela iria embora satisfeita e intrigada. Como uma alma tão bondosa pode ser tão triste?
Mais ao fundo da casinha, em uma área que dava vista para as belas colinas e as codiciosas flore, havia um caixão, feito de jade e adornado com intricados símbolos prata, forrado com veludo e penas, o mais macio possível e dentro dele, descansando, jazia um garoto de traços angelicais e inexpressivo, sua respiração leve e profundo indicava que ele estava em profundo sono.
O meio dia despontava nos céus, Xiao terminara de preparar a sopa nutritiva com que alimentava a Xue dia e noite, ele a esfriou pacientemente, ergue o corpo do garoto com um dos braços e o alimentou com o outro, depois que a sopa da tigela fora completamente acabada, Xiao deitou o garoto novamente acariciou o rosto delicadamente e sussurrou como em todas as vezes fazia.
- Por favor, acorde Xue Yang. – Mas como sempre não obteve reação do outro.
Xiao então se sentou ao lado de Xue Yang, e agarrado a sua mão, passou o resto do dia relembrando do passado, e até mesmo da irmã do mesmo.
Mesmo morrendo de vontade de matá-la pelo sofrimento que infligiu a seu amado, Xiao não o fez.
- Espero que um dia entenda que todo seu ódio e rancor não se trata de Xue Yang, mas sim de sua mãe e seu pai. Não sei se alguma vez amou a Xue, mas sei que ele sim te amou, e por isso sua vingança o afetou tanto, não se tratou apenas de perder a família, mas também de perder alguém que amava, alguém com que se importava. – Xiao fala triste.
- Não diga isso a ela Xiao, ela ainda não consegue perceber que Xue lhe deu o que sempre buscava, alguém que a cuidaria e amaria, mas espero que quando você finalmente note, se arrependa bastante, porque você e Xue Yang poderiam ter sido uma família, algo que sempre quiseram, poderiam ter sido felizes e você lançou tudo ao alto apenas para se vingar de alguém que não era culpado.
E com essas palavras Mei Meng foi deixada para ser julgada por seus crimes, o nome de Xue Yang foi limpo e tudo ficou esclarecido, Xiao intercedeu para que a mesma não fosse executada, e quando contou a Xue que sua irmã apesar de tudo estava viva, por um instante imaginou que o rosto do garoto se suavizou. Mas para ele não passara de uma breve impressão e logo saiu desanimado do local, uma pena pois se tivesse permanecido poderia ter percebido o singelo movimentar de dedos que Xue deu.
Algum tempo se passou, Xiao fora até convidado para ser padrinho que Song Quon, o filho primogênito de Song Lan e A-Qing, ele tinha uma irmã gêmea Song Yin, que fora apadrinhada por Jing Ling. Todos estavam bem felizes e Xiao ficara algum tempo com eles, mas depois de certo período arrumou suas coisas e se mudou para um lugar mais calmo, onde cuidaria de Xue até seu despertar.
