Amor Antigo

524 34 1
                                    

Eu não consegui dormir muito bem a noite. Acordei mais cedo do que esperava, e resolvi ir ao mercado fazer compras.

Peguei o carro e fui até um supermercado que tinha no centro da cidade, ele era um dos melhores, tanto em preços como em produtos.

Peguei um carrinho e comecei a fazer as compras, ainda não era nem dez da manhã. Mais o mercado já estava lotado de gente.

Quando me aproximei no corredor de "frios" dei de cara com uma pessoa... Ana.

Não tive como sair e fingir que não a vi. Eu estava com o carrinho indo pra frente e ela vindo até minha direção, demos de cara uma com a outra.
Eu odiava ela, tudo que havia acontecido tinha sido culpa dela, Ana estragou a minha vida.

Paramos o carrinho uma na frente da outra. Ficamos alguns segundo olhando pra outra, mais ela só me encarava.

- Oi Ana... - Falei. - Como está meu filho?

- E... Ele está bem. - Respondeu ela.

Ana era tão boba, tão imatura, que eu sabia que ela estava com medo de mim. Me senti desconfortável por isso, eu odiava ela, mais não queria que tivesse medo de mim.

- Fernando disse que você passou pela nossa casa.

- Passei... Eu queria vê-lo. Mais ele não deixou.

- Eu sinto muito por isso, mais espero que entenda ele.

- Entendo. Mais vocês não podem deixar meu filho longe de mim, eu tenho todo o direito.

- Não depois do que você fez Cíntia. Não confiamos em você.

- Sei que errei, mais eu mudei.

- Não acredito. Me desculpa... Mais você sempre dizia que havia mudado, e só piorava.

- Você não tem que acreditar em nada na verdade. Isso só diz respeito a mim e Fernando. O filho é de nós dois. - Falei tentando me controlar.

- Você está errada Cíntia. O Lucas também é da minha conta... Ele também é minha responsabilidade agora.

- Por pouco tempo. Porquê eu vou tirar ele de vocês dois, e nunca mais vocês o verão.

- Eu não tinha tanta certeza assim... Nós não queremos confusão. Tudo chegou a esse ponto por causa das suas atitudes, e você tem que pagar por isso. O Lucas pode ser seu filho, mais não é mais seu.

- A culpa disso tudo é sua, sua vagabunda. - Falei olhando sério pra ele. - Você estragou minha vida, e eu nunca vou te perdoar por isso.

- Você própria estragou sua vida Cíntia. Você não aceitou o divórcio desde o início, mesmo sabendo que seu casamento já tinha acabado. Você ficou meses me fazendo ameaças enquanto eu estava grávida... Você colocou a vida da minha filha em perigo quando ela nasceu. E mesmo assim ainda tem a cara de pau de falar que a culpa disso tudo foi minha? Se você continuar nessa mesma tecla, nunca será feliz novamente.

- Eu te odeio Ana, com todas as minhas forças. Sabe o que eu pensava enquanto estava presa? Em acabar com a sua cara. Em discontar todo o meu ódio em você. Tenho nojo de você.

- Eu só sinto pena de você Cíntia, muita pena. Agora tenho que ir. - Falou ela desviando o carrinho e passando por mim.
Larguei meu carrinho onde estava e saí com tudo atrás dela, mais fui interrompida quando alguém pegou na minha mão.

- Não faz isso.

Me virei pra trás e vi Italo com uma cestinha na mão.

- Me solta. Eu vou acabar com ela. - Falei enquanto chorava de ódio, eu precisava descontar minha raiva em Ana, eu ia dá uma lição nela.

Cíntia ( Livro 3, final ) Where stories live. Discover now