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Remus acordou confortável, tirando a enorme dor que pulsava em sua cabeça. Ele abriu os olhos e percebeu estar deitado no sofá, diferente do lugar onde adormeceu. O sofá estava aberto, dando um bom espaço para Sirius, que estava logo ao seu lado, e que também estava acordando.

— Meu Deus! — Ele disse sem nem abrir os olhos. — O que fizemos ontem a noite?

— Bebemos tendo 26 anos e dormimos juntos num espaço minúsculo, as coisas não são mais como antes.

Sirius riu e abriu os olhos devagar. A cor cinza ficava ainda mais clara quando era manhã.

— Como eu vim parar aqui?

— Você dormiu todo torto, daí te puxei para cá porque não havia nenhuma chance no inferno que eu conseguisse te levar para seu quarto... eu acho que vou passar mal. — Ele mesmo se interrompeu, franzindo o cenho. — Não, com certeza eu vou passar mal.

Ele levantou rápido e correu até o banheiro, fechando a porta num estrondo. Sirius sempre passava mal no dia seguinte, Remus já estava acostumado. Ele levantou do sofá e foi direto preparar uma água com limão para ambos, assim como tomar duas aspirinas.

Sirius voltou com uma expressão de morte e chegou perto para deitar a cabeça no ombro de Remus. Ele era mais baixo, então sua cabeça ficava na altura exata para fazer aquilo, atitude que era também muito comum quando estava de ressaca.

— Aqui, toma isso que você já vai se sentir melhor.

Sirius virava um bebê quando estava mal, Remus achava uma graça.

Ele pegou o copo e bebeu tudo em segundos, e depois mais um copo inteiro de água com a aspirina.

— Que horas são?

— Quase meio-dia e meia.

— Puta que pariu! — Ele exclamou, começando a procurar algo loucamente, até que encontrou. Abriu o celular... — Merda, Mary vai me matar. Merda.

Engolindo a bola na garganta que aparecia sempre quando o assunto Mary surgia, Remus perguntou, tentando parecer despreocupado.

— O que foi?

— Nós íamos almoçar com os pais dela. Cinco chamadas perdidas. — ele alertou, colocando o celular no ouvido e indo para a sala.

Remus começou a fazer chá para si mesmo, tentando não prestar atenção na conversa alheia e falhando miseravelmente.

Hey babe! Sim, eu sei... eu já chego aí, estou a caminho... fomos dormir muito tarde ontem. Sim, na casa de Remus... Deus, Mary, não começa, por favor. Eu chego em vinte minutos.

Ele voltou até a cozinha, pegando as coisas que havia deixado no balcão.

— Preciso ir Rem, ou vou sofrer as consequências.

— Claro, Six. — Remus sorriu, bebericando seu chá.

— Nos vemos sábado que vem? Casa do James?

— Não perderia por nada.

Uma vez por mês eles iam jantar na casa de James, havia se tornado um costume entre os marotos. primeiro costumava ser os quatro e Lily, mas depois que Peter começou a se relacionar com Laurel, começou a diminuir as saídas com os amigos. Agora eram os dois casais e Remus, algumas vezes Marls e Dorcas iam também. E era legal, na maioria das vezes.

Sirius saiu depois de um abraço apertado e um beijo no rosto, deixando Remus sozinho. Moony logo miou para a porta como se dissesse: já vai tarde. Ele alimentou o gato e decidiu que seria uma boa dormir mais um pouco, a semana seria cheia. Moony foi direto se aninhar perto do dono, ronronando e recebendo carinhos preguiçosos na pelagem cinza.

Velhos AmigosWhere stories live. Discover now