- Meu amor, eu preciso ir, eu...

- Não! Mamãe! - ele começou a chorar mais alto e eu não tive outra alternativa

Agasalhei Boruto o máximo que deu e peguei minha mochila, ouvi Sasori e dona Chiyo me chamarem mas não dei importância,  precisava logo chegar naquele prédio, Boruto estava no banco de trás seguro em sua cadeirinha enquanto eu tentava não acelerar na pista molhada, tive que pegar o caminho mais longo por conta do trânsito nas vias rápidas, demorou quase duas horas e eu finalmente cheguei naquela merda.

- Vêm com a mamãe! - dei a volta no carro e ajeitei a pequena capa de chuva sobre Boruto e o peguei no colo, não existia a possibilidade de deixar meu filho ali sozinho, e não era nem por medo da tempestade e sim das pessoas daquele lugar! - Se segura firme tá bom? - Boruto assentiu me abraçando forte, fui rápido em trancar o carro e correr para dentro do prédio, como sempre não havia ninguém na portaria mas dessa vez também não havia muitas pessoas nos corredores.

Quando cheguei no sétimo andar fui imediatamente até a o pequeno apartamento e bati na porta mas ninguém veio abrir a porta, não era possível que ele não estava.

- Meu sol espera aqui um pouco. - coloquei Boruto atrás de mim e com dois chutes fortes consegui quebrar a porta, com a força o trinco rompeu, entrei primeiro olhando em volta só pra constatar que não tinha perigo então chamei Boruto que correu para o meu lado. - Fica quietinho está bem?

- Sim mamãe! - meu pequeno olhou em volta curioso mas não emitiu mais nenhum som.

Eu fui até o banheiro encontrando a porta também trancada mas estava trancada por dentro, eu pensei  em arrombar a porta também mas não queria assustar o pequeno, eu liberei meus ferômonios e depois de alguns longos segundos a porta do banheiro foi aberta.

- Finalmente eu estava morrendo de preocupa...! - quando o vi a frase parou na minha garganta, eu havia deixado ele a poucas horas atrás mas nesse meio tempo alguém o machucou, ele tinha um olho vermelho que logo ficaria roxo, um hematoma na bochecha e lábio superior cortado. - Bebê, meu menininho... - eu me ajoelhei para ficar na altura dele e rapidamente ele me abraçou, seu pequeno corpo tremia o que só aumentou a minha angústia mas, logo fui pego de surpresa pelo tremor, o prédio tremeu - Boruto! - o mesmo correu até mim eu o abracei apertado.

O prédio tremeu por quase um 30 segundos, quando finalmente parou eu não pensei duas vezes antes de pegar algumas roupas e os documentos de Kawaki, logo depois saímos do apartamento e finalmente vi pessoas, as mesmas também ficaram assustadas com o tremor, quando estávamos nas escadas do terceiro andar o prédio tremeu de novo, mas eu só peguei os filhotes no colo e continuei descendo até sair do prédio e ir até o carro e imediatamente abrir a porta do passageiro e acomodar os filhotes ali, apertei bem seus cintos de segurança e finalmente entrei no carro e comecei a dirigir, estava a uma certa distância do prédio quando ouvi um estalo muito alto e quando olhei pelo espelho lateral do lado de fora do carro, vi o prédio cair e mesmo com a distância ainda senti e tremor da queda, apertei os volante e por consequência o terço que nunca deixou minha mão.

- Deus obrigado! - voltei a mirar a rua na minha frente, tentando não chorar em lamento pelas pessoas que provavelmente não tiveram tempo de sair do prédio, dirigi por mais alguns quilômetros até a avenida principal mas estava tudo engarrafado debaixo daquela chuva e ventando forte, aproveitei que estava parado e liguei para os bombeiros informando o ocorrido, não sabia se alguém já tinha informado ou não. - Que tenham sobreviventes! - tentei ligar para a pensão porém a chamada não completava, liguei o rádio e ouvi que em algumas localidades o sinal de telefone tinha sido danificado devido aos ventos. - Meus amores... - olhei para os dois filhotes no banco de trás, ambos de mãozinhas dadas e Boruto havia emprestado sua pelúcia de raposa para Kawaki abraçar. - A gente já vai sair daqui está bem? Vamos para um lugar seguro! - me virei para frente novamente e liguei o carro, aquele trânsito parecia não ter fim e era muito perigoso ficar dentro do carro. - Um lugar seguro... um abrigo! Isso, um abrigo. - dei a volta com o carro e voltei a dirigir ouvindo no rádio a lista de abrigos próximos de onde eu estava.

I͜͡ M͜͡i͜͡e͜͡i͜͡ A͜͡m͜͡o͜͡r͜͡i͜͡Where stories live. Discover now