14. Part 2: O Dragão

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Durante meu sono, eu estava aqui novamente

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Durante meu sono, eu estava aqui novamente. Em um mundo preto. Não havia nada a princípio, não agora ou nas últimas duas noites que eu tive esses sonhos. Eu simplesmente batia no chão escuro, incapaz de ver ou sentir qualquer coisa, exceto o que estava debaixo de mim. Então, como nas duas últimas noites, a única coisa nessa escuridão era uma voz suave e baixa e esfumaçada. Um sussurro. Vá até ela. Eu me sentei, procurando a origem da voz na escuridão. E mais uma vez, mais alto que da última vez, mais urgente: VÁ ATÉ ELA. Comecei a me levantar, mas não fui rápida o suficiente. VÁ! Levantei-me cegamente, preparada para o que viria, porque a mesma coisa aconteceu nas duas noites passadas. No momento em que me levantei, o chão cedeu sob mim. Caí de um andar e, por mais que tentasse me manter de pé, caía de costas no chão de pedra.

Isso me deixou sem fôlego. Sentei-me ofegante e, embora eu já esperasse, assim como nas noites anteriores, foi um choque doloroso vê-la. Jen. Estávamos no quarto do castelo do Rei Akhran, Jen sentada na beirada da cômoda do lado da porta. Pareceu assustá-la quando aterrissei na sala e nos encaramos quando me sentei e parei de respirar. Ela olhou e eu olhei de volta, com uma crescente agonia no peito que parecia espelhar nela quando seus olhos azuis se encheram de lágrimas.

Mas esse sonho era um pesadelo, porque essa não era a Jen que eu conhecia. Ela não estava cheia de vida e alegria. Os olhos dela estavam cheios de tristeza, assim como as bochechas e as clavículas. Ela estava magra e pálida, em um vestido esfarrapado e parecia tão fraca que eu temia que ela desmoronasse. Nesse pesadelo, tudo parecia gritar comigo que era minha culpa que ela estivesse assim. Minha culpa que ela era apenas um pedaço do que costumava ser. Embora ela não tenha dito isso, certamente também pensava assim, porque, assim como nas duas últimas noites, após o breve choque, ela parou de olhar para mim.

Tinha sido muito doloroso nos últimos sonhos para eu falar. Desta vez, no entanto, quando ela se levantou da cômoda e foi abrir a porta, corri para ficar em pé antes que ela pudesse sair. — Jen — Implorei. Ela congelou e isso foi tão diferente das duas últimas noites que eu não sabia o que fazer. Depois que ela saía pela porta e eu tentava segui-la, eu acordava e, mesmo que fosse insuportável, eu não queria que o sonho terminasse. Eu não conseguia encontrar paz nas minhas horas acordada, mas se eu continuasse tendo esses sonhos, talvez encontrasse algum descanso por aqui. — Por favor — implorei, minha voz tremendo, — por favor, olhe para mim.

Sua cabeça girou um pouco, como se ela pudesse encontrar o meu olhar, mas seus olhos nunca passaram do chão. — Você foi embora — Ela sussurrou. E saiu pela porta.

— Jen! — Eu chamei, andando pela porta com a intenção de segui-la.

Meus olhos abriram logo quando eu acordei e me sentei com um grito. Isso assustou o pequeno grupo de Vigilantes ao meu redor, incluindo Jisoo. Fazia cinco meses que ela estava aqui. Depois que me recuperei o suficiente da perda de Jen e Hank para poder falar, eu disse a Kingston que ele precisava tirar Jisoo e Akamar de Ronan. Eu devia isso a eles e ao Rei Akhran e à Rainha Gwinn. Acima de tudo, eu devia isso à Jen. Demorou um mês, mas, eventualmente, Sevedi conseguiu escapar de Ronan com o Príncipe e a Princesa.

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