06.

658 103 42
                                    

— Você tem certeza? — Eu perguntei, correndo até as peles de dormir para enrolá-las às pressas

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

— Você tem certeza? — Eu perguntei, correndo até as peles de dormir para enrolá-las às pressas. 

— Rosé — Jen disse e depois que ela vestiu o casaco e as luvas de pele que eu fiz, ela se aproximou e agarrou meus ombros, — eles me viram.

Em resposta à sua fala, houve uma batida na porta de um quarto no corredor. — Abra! — Um soldado gritou. 

— Nós temos que ir. — Jen murmurou, andando até a janela e puxando a casca que ela tinha colocado lá de manhã.

Corri para detê-la. — Jen, a tempestade. Você não tem roupas adequadas. Você vai congelar até morrer. — Houve um barulho alto quando uma porta próxima foi arrombada. 

— Vou arriscar o frio antes de deixá-los me levar de volta para Guelder — Disse ela em pânico, mas quando se lembrou do meu medo intenso de tempestades de neve, ela fez uma pausa, virando-se da janela para pegar meu rosto em suas mãos. — Rosé, por favor, eu estou te implorando. — Respirei fundo para fazer uma pergunta, mas ela não me deixou falar. — Vou te contar tudo. No momento em que estivermos longe daqui, eu juro. Por favor. 

— Nós poderíamos morrer — Enfatizei, olhando para a janela com o coração batendo tão forte que eu podia sentir a pulsação no meu crânio.

— Nós vamos morrer se ficarmos. — Ela implorou.

Estudei o rosto dela por um momento, absorvendo o medo em seus olhos e pesando-o contra o terror no meu peito. Eu não podia deixar ela ser pega, ainda não, não quando não sabia o que a estava esperando em Guelder. 

— Vá — Eu disse, apontando para a janela.

Ela a abriu para ser recebida por uma rajada de vento gelado. Ela agarrou Maddox antes de sair, eu vesti o colete e o casaco que havia tirado por conta do calor da sala e peguei minha sela. Fiz um gesto para Hank pular atrás de Jennie e depois que ele saiu do caminho, joguei a sela e o segui. Corremos na direção que eu sabia que os estábulos eram. Uma vez lá dentro, corri para pôr a sela nas costas de Brande, trabalhando as tiras e fivelas o melhor que pude com meus dedos já congelados.

— Suba. — Ordenei quando estava seguro e depois que Jen subiu, fui logo atrás dela. 

Não hesitei em dar um salto e Brande galopou em direção à saída dos estábulos. Irrompemos pelo lado direito quando um terceiro soldado saiu da nossa janela aberta. O vento estava uivando alto demais para ouvir o que eles disseram, mas um deles apontou, gritando de volta para os que ainda na sala enquanto os outros dois corriam para os estábulos para recuperar seus próprios cavalos.

Isso não importava. Demorou menos de dez passos antes de ficarmos fora de vista. A neve que soprava no ar era espessa demais para ver muita coisa em qualquer direção e bloqueava a luz da lua, de modo que tudo o que não estava coberto de branco estava totalmente escuro. Nós apenas galopamos por quinze minutos, esquivando-nos das árvores e mudando de direção com frequência, porque nos perdermos na floresta era melhor do que sermos capturadas. Então, diminuímos a velocidade, porque se os soldados ainda não tivessem conseguido nos alcançar, era provável que nunca conseguissem. A tempestade provavelmente já havia enchido as pegadas de Brande com neve. Agora eu tinha que encontrar um lugar para parar, mas não sabia se Jen me deixaria.

Breaking Legacies Where stories live. Discover now