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Um uivo longo e penetrante cortou o ar, tirando-me do meu sono e me pondo sentada

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Um uivo longo e penetrante cortou o ar, tirando-me do meu sono e me pondo sentada. Não havia lobos ao meu redor, mas o som tinha sido perto. Era um som familiar também. Um que já tinha ouvido muitas vezes na floresta lá perto de casa, aquele que me dizia que os lobos estavam caçando. Geralmente, não me preocupo com eles. Já que estando eu, Brande e Hank, eles geralmente nos deixavam em paz, exceto por um corajoso que ocasionalmente tentava roubar minha presa. Mas não pude ver Hank ou a Coisinha Pequena e fiquei perplexa com o fato de uma das minhas peles de dormir desapareceu.

— Hank! — Chamei.

A resposta ao meu grito foi outro uivo estridente e então uma voz feminina gritando: — Socorro!

Sem hesitar, pulei, tirei meu arco e aljava de onde estavam amarrados à sela e corri em direção ao barulho. Minha velocidade era tão rápida que quase não marquei a neve profunda e depois de apenas alguns passos podia ouvir o rosnado da matilha. Continuei correndo até eles aparecerem. Não havia tempo para reagir a quem era a mulher. Ela estava encostada em uma árvore, afastando três lobos com um graveto. Hank também estava lá, enfrentando os outros dois.

Meus pés nunca pararam quando puxei a primeira flecha da minha aljava e a deixei voar em um dos lobos, exatamente quando saltou para a mulher. Agora, a apenas dez passos de Hank, enviei a próxima flecha voando para um segundo lobo perto da garota, depois joguei meu arco para o lado e peguei minha adaga. Hank tinha a pequena vantagem de tamanho, mas não conseguiria se defender por muito mais tempo. Então, mergulhei de cabeça no conflito para salvar meu cão, mergulhando minha faca no peito profundo do primeiro lobo.

O último animal perto da mulher tinha pego o graveto nas mandíbulas e, enquanto tentava arrancar a madeira das mãos dela, ela bateu na cabeça dele com o punho. Ela fez um movimento para atacá-lo novamente e bem quando eu esfaqueei o segundo lobo que Hank estava lutando, o lobo que estava atacando a garota soltou o graveto para fechar os dentes em torno de seu pulso. Ela gritou de dor, mas esmagou o pedaço de madeira com tanta força no focinho do lobo que a madeira se quebrou. O lobo uivou e a soltou, e antes que ele pudesse se recuperar e atacar novamente, pulei em suas costas e enterrei minha lâmina em seu coração.

— Princesa! — Exclamei, virando-me para a mulher enquanto empurrava minha adaga de volta na bainha. Ainda havia tanto pânico no meu peito que não conseguia parar de respirar, mas percebi sua condição. O sangue já escorria do pulso dela até a mão e pingava da ponta dos dedos na neve. Ela era menor do que eu imaginava, pelo menos cinco centímetros mais baixa que eu e estava completamente nua. Ao se defender, ela deixou cair a pele de dormir, a minha pele de dormir, que ela enrolou em volta dos ombros. — Seu pulso. Seus pés!

Apressadamente, devolvi o cobertor aos ombros dela. Então, sabendo que ela poderia congelar se mantivesse os pés descalços na neve, eu a peguei e comecei a correr de volta para o meu acampamento. Quando cheguei lá, joguei-a sobre as outras peles. Minha mente estava em um estado de agitação que não sabia se deveria cuidar primeiro: o pulso ou os pés dela. O fogo havia apagado da noite para o dia e agora não passava de brasas brilhantes, mas ela precisava de calor. Pare o sangramento primeiro, pensei e, caindo ao lado dela, peguei o braço dela em minhas mãos.

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