A moradora de rua que o ceo comprou 📍{Babictor}

capítulo 35📍

Victor 📍

-- Selma nunca aceitou por ter dado a luz a uma menina. Ela queria um filho homem, pois era o que seu amante casado queria. Ele prometeu a Selma, durante a gravidez, que se ela lhe desse um filho homem, ele deixaria a esposa e ficaria com ela.
Quando ela deu a luz, Ariel não estava na cidade. Ela teve a menina em casa, sozinha, e ficou desesperada quando viu que era menina. Então ela teve a ideia de registrar a menina como menino... Mas para isso, ela precisava de alguém para ajudá-la, e como eu e ela, já nos, conhecíamos, a um bom tempo, eu naquela época muito bem casada, tinha também dado à luz a você, Nolan, eu convenci o seu pai a ajudá-la. Outras pessoas importantes deviam grandes favores ao seu pai, portanto não foi difícil dar um jeito de registrar a menina, como um menino, como Givan.
-- V ocês não pararam para pensar, como ficaria a cabeça dela mais tarde? Foi uma loucura total vocês terem compactuado e ajudado nisso.
-- Durante um bom tempo, durante anos, Givan gostou muito que todos acreditassem que ela fosse realmente homem. Ela gostava das roupas masculinas, do cabelo curtinho... Claro, era necessário evitar que alguém a vissem sem roupas...

-- Algumas vezes, ela chegou a ter problemas na escola, as crianças querendo saber se ela era menino ou menina. Acontece às vezes, de menino parecer com menina, devido alguns gesto, de menina parecer com menino.
-- E então Ariel largou a esposa para ficar com Selma, acreditando que ela havia lhe dado um filho homem.
-- Largou. Largou sim, e isso a deixou muito feliz. Ela sempre dizia a Givan, que o pai nunca podia saber que ela, na verdade não era ele, porque senão, o pai os abandonaria. Foi quando ela chegou à puberdade que tudo começou a se complicar. Ela passou a prestar atenção mais nos meninos, principalmente em você Nolan. Mas ela escondia muito bem de você, pois se você percebesse, poderia achar que ela, era gay!
Como os seios começaram a aparecer, Givan teve que passar a usar roupas largas... E foi ai que Selma percebeu que era o momento do seu “filho” virar realmente homem.
Selma teve dificuldade em achar profissionais que realizassem o processo de transição, porque nem todos se responsabilizam, e então depois de alguns meses, ela achou um médico e começou o tratamento. Passado o tempo, a voz de Givan começou a ficar grossa, começou a aparecer alguns pelos no rosto, mas foi então que percebi que Givan não estava feliz. Perguntei pra ela o que estava acontecendo, e ela simplesmente me disse que não queria mais ser homem, que tinha aceitado tudo aquilo para agradar a mãe, para que o seu pai não a deixasse.

E que ela estava loucamente apaixonada por você, victor. Eu assustei na hora, vi lagrimas em seus olhos... Ela sofria. Falei com Selma, mas ela disse que aquilo era bobagem e que logo passaria... Ela tinha quinze anos na época. Foi então que Ariel descobriu e deixou Selma. Ela passou vários, anos acusado Givan de ter a culpada pelo fim do casamento.
-- E por que Givan não voltou a ser quem realmente era, ou seja, uma menina?
-- Medo. Receio... Raiva! Raiva porque ela aquela altura via tudo perdido, pois todos acreditavam que ela era um homem... E Selma disse que seria uma vergonha, ela voltar atrás... E disse que ela precisava era aceitar que era homem sim, e fazer uma cirurgia para tirar aqueles dois limões que ela chamava de seios.
Meu melhor amigo na realidade sempre foi uma mulher, que devido à mente doentia da mãe, estava se passando por homem há vários anos.
E o pior era saber que os meus pais haviam participado de toda aquelas monstruosidade que tinham feito com Givan. Era triste, cruel e desumano!
E o que me deixava chocado agora, era que Givan, fosse realmente o assassino, ou, melhor a assassina dos pais de Kiara. Era tudo tão sinistro, tão assustador, que eu deixei a biblioteca e sai do meu apartamento, querendo ficar o mais longe possível dali.
Peguei o meu carro e sai pelas ruas, sem destino, apenas com o martelar na minha mente, que Givan era mulher, e que podia ser uma assassina.

Eu nunca havia percebido nada! Tudo bem, eu achava meio estranho, ele/ela sempre, se negar a tomar banho de piscina comigo, quando éramos criança, e mesmo depois que ficamos adultos. Mas eu acreditava que era porque Givan era uma pessoa tímida, e que o único amigo que ele/ela tinha era eu!
O carro surgiu de repente, e passou por mim. Mas logo adiante, ele deu uma guinada brutal, cantando pneu, parando, atravessado na rua para bloquear a minha passagem.
Meu coração acelerou no peito, eu pisei no freio, para evitar uma colisão.
A porta do veiculo foi aberta, então eu vi uma mulher descer. Os cabelos eram compridos, chegava até os ombros. Os saltos altos e o vestido azul, me, impediu de reconhecê-la. À medida que ela se aproximava, eu percebi que aquele cabelo loiro, era uma peruca, seus olhos buscavam os meus além do para brisa.
Era ele! Ou melhor, ela!
Era Givan!

Barbara 📍

Eu estava abalada e com certa dificuldade em processar tudo que a policial Patterson e a mãe de Victor, havia dito.
E também preocupada com victor, que havia saindo para a rua, sem ao menos eu saber para onde.
A policial Patterson recebeu um telefonema, dizendo que um corpo havia sido encontrado na praia, próxima dali. Pelas características, parecia ser o de Selma.
Eu fiquei mais assustada ainda com a possibilidade de Givan ter matado a própria mãe. Mesmo que Selma tivesse transformado a sua vida em um inferno durante aqueles anos todos, chegar a matar a própria mãe, era sinistro demais.
Mas se ele havia matado o próprio pai, com certeza também seria capaz de matar a mãe!
Então eu me lembrei do telefonema, com a pessoa muda do outro lado, apenas ouvindo a minha voz.
Tinha sido Givan! Tinha sido ele/ela. A sua paixão por victor, a levou se rebelar, e a rejeitar aquela ideia absurda de continuar sendo “homem”.
Agora eu entendia porque ele/ela nunca havia ficado a vontade comigo. Eu acreditava que fosse porque eu estava roubando o seu companheiro de farra, o seu amigo de noitada, eu não sabia que era por causa do amor que ele/ela sentia por victor.
Fazia todo o sentido agora! Matando o meu pai, Givan acreditou que eu fosse desistir de me casar com victor, mas não foi o que aconteceu.

O telefone de Levoid começou a tocar, assim que a policial Patterson colocou a mão na maçaneta para abrir a porta, para eles saírem.
Levoid se afastou de nós. Percebi que ele ficou pálido. Sem desligar o celular, ele disse que precisava ir ao banheiro e foi para os fundos do apartamento sob o meu olhar, enquanto a policial Patterson e minha sogra conversava.
De repente eu imaginei todos na mira de Givan! Ele nunca havia perdoado a mãe, por ter sido induzido a se passar por homem aqueles anos todos.
Ninguém nunca desconfiaria de que Givan era uma mulher, pois era idêntica a um homem.
Com certeza Givan odiava os pais de Nolan, por ter ajudado a sua mãe naquela loucura. Para quem já havia matado o pai e a mãe, matar duas pessoas que não tinha nenhum laço sanguíneo com ele seria moleza.
E Nolan? Ele mataria Nolan também por ter se casado comigo e nunca ter correspondido ao seu amor? Talvez Givan acreditasse que se tivesse sido criado (a) como realmente era, como mulher, Nolan teria se apaixonado por ele/ela.
E talvez tivesse mesmo!
Os minutos de, passavam, e Levoid demorava no banheiro. Eleonora foi atrás e voltou com o marido.
Mas antes de atravessar a porta, ele me abraçou e beijou o meu rosto. Mas seus lábios foram mais além, eles se aproximaram do meu ouvido e sussurrou algo que fez o meu coração disparar.
E então os meus sogros atravessaram a porta, com a policial Patterson.

Entrei no banheiro e o celular de Levoid estava lá, igual como ele havia falado no pé do meu ouvido.
Então eu o peguei, e com as mãos trêmulas, o levei até o meu ouvido.
Eu dava graças a Deus pelos meus irmãos, e o meu filho não terem acordado e presenciado aquele tumulto na biblioteca.
O medo que Givan tivesse pegado Nolan afundou o meu coração no peito, mas depois, eu quis acreditar que Givan não faria nenhum mal a ele, porque o amava.
Mas às vezes as pessoas dizem amar outras pessoas, e as matava também.
Sempre tinha aquele, frase que: Se você não ficar comigo, não fica com mais ninguém.
-- V ocê! Como é bom ouvir sua voz! – Falei eu no celular de Levoid, assim que eu o levei ao ouvido.