capítulo 9📍

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Victor 📍
Se alguém soubesse que eu estava chamando para o meu apartamento, uma jovem que vivia na rua, e que pouco eu sabia sobre ela, diria que sou louco.
Tenho planos sim com Barbara, muito planos. Se der certo, quero fazer uma proposta a ela.
Quero me casar com ela, quero que ela seja a mãe do meu filho.
Já encomendei a um detetive que eu conheço, um dossiê completo sobre ela e sua família.
Se, acho que Barbara é perigosa? Não, não acho. Pois se achasse, não a teria chamado, àquela hora da noite para vir até o meu apartamento.
O táxi chegou quase que uma hora depois, já eram duas da manhã. O porteiro do meu prédio, que estava no turno àquela hora, era Ariel, pai de Givan.
Ariel já beirava os cinquenta anos, e havia se separado de Selma a mãe de Givan, já fazia alguns anos.
Ele ficou de olhos arregalados, quando caminhei com barbara para o elevador.
Barbara não tinha um cheiro nada agradável, e a sua roupa rasgada e suja, piorava toda a boa impressão que Ariel podia ter dela.
-- Boa noite, Ariel.
A porta do elevador fechou, levando eu e Barbara para a cobertura.
Ela que já estava com uma expressão de surpresa, ficou mais ainda quando entrou em meu apartamento, na cobertura.
Eu passei pela porta, e ela ficou parada, tendo pela primeira vez a visão da sala.
Ela parecia hesitar. Olhava para o piso, para as paredes, móveis...
-- Pode entrar.

-- Eu estou muito suja.
-- Não tem problema. Mas antes que a gente começasse a conversar, seria melhor que você tomasse um banho.
-- Eu estou fedendo, não é? – Ela cheirou as próprias axilas.
-- Eu não quis dizer isso. – Falei meio constrangido, pois, não queria magoá-la.
-- Não se preocupe eu sei. Há dias que eu não tomo banho e vasculhar lixo na rua, só tem piorando...
-- Tudo bem. Venha, eu vou de mostrar a suíte...

Continua 📌
-- Suíte? Olha, eu uso o banheiro dos empregados mesmo...
-- Eu faço questão. Enquanto você toma banho, eu vou no andar debaixo. A minha vizinha debaixo, acho que veste o mesmo numero que você, vou, pedir a ela, alguma coisa dela para você usar. Tem toalha no banheiro, tem tudo que você precisa para a sua higiene. Fique a vontade.
Antes de ir ao andar debaixo, liguei para Verona que no passado tinha sido minha amante, porém agora, éramos apenas bons amigos.
Claro que ela já estava dormindo, pois dificilmente alguém estaria acordado àquela hora.
-- Sabe que horas são, Victor? – Ela bocejou do outro lado da linha.
-- Sei, Verona. Me desculpe por te ligar a essa hora, mas eu preciso de você, preciso de sua roupa.
-- Minha roupa? – Eu não vi, mas acho que ela sentou imediatamente na cama, pois não estava entendendo nada.
-- Preciso de algumas peças de roupa sua, Verona. Estou com uma hospede aqui em meu apartamento, mas agora não da para te contar direito. Acho que ela veste o mesmo numero que o seu...
Ela nem esperou em terminar de falar, pediu que eu descesse e pegasse a roupa.

Barbara 📍

O prédio é luxuoso, o apartamento de Victor Ramagem é luxuoso. Tudo aqui é luxuoso.
Enquanto a água caia sobre o meu corpo, eu percebi como um banho estava me fazendo falta.
Quando sai do banheiro, quatro peças de roupas já me esperavam sobre a cama:
Blusa, calça jeans, sutiã e calcinha.
Ele tinha lembrado até da calcinha e do sutiã.
A roupa que eu usava antes teria que ser jogada no lixo. Ela dissolveria se fosse lavada.
Uma penteadeira com um espelho imenso estava do outro lado do quarto. Passei um pente pelos meus cabelos molhados, que estavam totalmente embaraçados.
A conta chegaria, por tudo o que ele estava fazendo por mim, e então eu saberia quem era realmente victor Ramagem.
Coloquei o dinheiro que Victor havia me adiantado do salário, sobre a penteadeira, e então fui para a sala.
Eu tinha fingido não ter percebido a beleza máscula de Victor, e o seu corpo atlético. Ele usava camiseta sem manga, que deixava a mostra os músculos perfeitos do seu braço, e uma bermuda, que exibia parte de suas pernas musculosas.
Ele continuava com a mesma roupa ali na sala, não havia trocado.
Ele sorriu para mim, me deixando sem jeito e um pouco assustada. Assustada não porque eu estivesse com medo dele, isso eu já não tinha, mas assustada, por ter percebido o quanto a sua beleza mexia comigo.
-- Relaxou um pouco com o banho?
-- Sim.
Ele fez um gesto com a mão, para que eu me sentasse ao sofá, mas antes que alcançasse o estofado, a escuridão me envolveu, e eu fui ao chão.

A moradora de rua que o ceo comprou 📍{Babictor}Where stories live. Discover now