capítulo 7📍

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Levoid Ramagem, pai de Victor, naquele momento estava bem. Mas ele sabia que com o passar dos anos, a coisa ia piorar e depois simplesmente ele não estaria mais ali.
Quando ele descobriu que estava com esclerose lateral amiotrófica, também conhecida como ELA, ele não contou imediatamente a sua família.
Ele chorou e naquele dia, demorou voltar para a casa. Ele ignorou todas as chamadas de sua esposa para o seu celular.
O primeiro sintoma apareceu, mas ele não percebeu o que aquilo significava.
Para ele estar tropeçando em tapetes, era apenas falta de atenção sua.
Depois veio a dificuldade em escrever, segurar objetos.
Foi então que acendeu uma lusinha em sua mente e ele procurou um médico.
Claro que ele fez tudo escondido de sua esposa Eleonora e seu filho Nolan. Ele não queria preocupá-los e no fundo ele acreditava que não seria nada sério.
Como a doença havia sido diagnosticada na fase inicial, o médico recomendou o tratamento fisioterapêutico.
Já em casos mais avançados pode ser utilizados analgésicos para reduzir o desconforto e as dores causadas pela degeneração dos músculos.
Com o avançar da doença, a paralisia se espalha para outros músculos e, eventualmente acaba afetando o músculo da respiração, sendo necessário internamento hospitalar para respirar com a ajuda de aparelhos.

Levoid sabia que lhe restava apenas de 3 a 5 anos de vida.
Não foi fácil contar para Eleonora e Nolan. Ele pensou em esconder, mas então, viu que nãos seria justo, eles tinham que saber.
Levoid sabia muito bem como o filho era paquerador. Era um ótimo empresário, e estava indo muito bem na Tecelagem Ramagem, mas em relação a sua vida amorosa, Levoid sentia tristeza.
Ele queria ver o seu único filho casado. Queria que ele encontrasse uma mulher admirável e se casasse com ela.
Levoid Ramagem não queria morrer, sem antes segurar um neto, ou uma neta nos braços.
Mas para isso, Nolan teria que estar casado, e muito bem casado.
Três anos, ou cinco, era o que lhe restava, era o tempo que ele tinha.
-- Como empresário você é um orgulho pra mim. Mas em relação a sua vida amorosa, victor... É um fiasco. V ocê não leva nenhuma mulher a sério, victor!
-- O senhor teve sorte, pai, conheceu essa mulher maravilhosa que é a mamãe!
Eleonora sorriu. Estavam os três ali na mesa, tomando o café da manhã, ali na casa dos pais.
-- O que posso fazer se ainda não senti por nenhuma mulher aquele amor tempestuoso, que faz o coração acelerar e a palma da mão suar.
-- Tenho certeza que você vai encontrar essa mulher. Basta você querer, e olhar bem a sua volta. Victor, não vou, morrer, sem antes segurar um filho seu em meus braços.
Um mês atrás eles haviam tido essa conversa. Levoid não lembrava.
Naquela noite, ele e Eleonora estavam indo para a mesa jantar, quando, victor entrou.
Ele tinha a sua própria chave, mesmo não morando com os pais. Beijou cada um no rosto, e foi até a cozinha fazer o mesmo com Selma, a governanta da casa, mãe de Givan.
Quando voltou para a sala, seus pais já estavam à mesa.

-- Janta conosco, filho? – Perguntou Eleonora com um pequeno sorriso.
-- V ou lavar as mãos e volto em alguns minutos.
-- O que você acha? – Perguntou Levoid, quando teve certeza que o filho não estava por perto.
-- O que eu acho o que?
-- Será que eu vou conhecer meu neto, ou minha neta antes de morrer?
-- Segundo Givan, eu andei sondando, Nolan atualmente não está com nenhuma mulher, pelo menos, não seriamente. E para com essa bobagem de estar sempre falando que vai morrer.
-- Mas eu vou mesmo!
-- Todos nós vamos.
-- Mas os meus dias já estão contados. Três anos, no máximo cinco...
-- E eu posso ir antes de você durante esse período.
-- Eu a proíbo. – Disse Levoid seriamente, e então de repentes o casal caiu na risada.

A moradora de rua que o ceo comprou 📍{Babictor}Where stories live. Discover now