Capítulo Setenta e Quatro

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A médica se apresenta para a Cath examina a pressão arterial dela, as duas conversam brevemente sobre o seu estado de saúde. E para minha total alegria assim como a minha bebê  ficamos sabendo que iremos ver nossos filhos pela primeira vez.

A enfermeira se aproxima da cama e retira o soro do suporte, eu me levanto pego a minha esposa em seus braços, a coloco  sentada na cadeira de rodas e empurro para fora do quarto.

Andamos pelo corredor até chegar a sala de exames, entramos no lugar, retiro a Cath da cadeira de rodas, coloco ela deitada na maca, cubro as suas pernas com o lençol, me afasto e sento em uma poltrona ao seu lado. 

A médica levanta a camisola dela e expõe a pequena barriga ainda plana, espalha um geo sobre todo o seu ventre e começa a fazer movimentos circulares com um aparelho. Logo a imagem de nossos filhos aparece na tela, e me emociono ao vê-los pela primeira vez

A médica nos mostra a mãozinha de um deles, não sou um  médico mas pelas poucas imagens que vimos pude comparar com as que vi durante as minhas pesquisas e percebi que os corpinhos deles estão todos formados.

Me lembro de ter lido algo sobre os bebês normalmente terem seu corpinho formado até os três meses de gestação e a Cath está com quase isso, em alguns dias ela completará o terceira mês.

A médica pergunta se queremos ouvir os corações deles e nem consigo respondê-la de tão emocionado que estou só com as imagens que vi, ainda bem  que a Cath respondeu por nós e logo o som mais lindo que já ouvi ecoa pelo quanto e  isso me faz chorar de felicidade.

Acho estranho os coraçõezinhos deles serem tão acelerados e pergunto se é normal, estou preocupado pois infelizmente o irmão da Cath morreu por causa de uma deficiência no coração, mas graças a Deus  está tudo certo.

Ao fim do exame ela anota algo em sua prancheta, limpa o ventre da minha esposa com um lendo de papel, coloco a camisola dela de volta ao lugar e começa a nós falar sobre a gestação, as complicações que a Cath está tendo e o que terá que ser feito de agora em diante.

Fiquei muito triste ao saber que ela terá que tomar antibióticos injetáveis a cada três semanas de agora em diante, pois sei o quanto ela tem medo de agulhas. Mas minha bebê aceitou que não há o que fazer para mudar isso, é algo nescessário para manter tanto ela como nossos filhos bem e longe de infecções. 

Tiro minhas dúvidas quanto a viagem de volta para Sóchi e sobre os enjôos que a Cath vem sentindo,  e respirei aliviado quando ela disse que não terá problema quanto a viagem e que também tem remédios para aliviar os enjôos.

Infelizmente a Cath terá que ficar hospitalizada até ter certeza que a infecção de urina não é mais um risco para ela e nosso filhos, sei que ela queria estar longe de Moscou e torço para que a estadia nossa aqui seja curta.

Apos ter respostas satisfatórias por parte da médica eu e minha esposa voltamos para o quarto, ao chegarmos eu tranco a porta, retiro as roupas dela e a levo  para o banheiro.

Espero ela escovar os dentes, e quando acaba eu a pego em meus braços, coloco ela embaixo do chuveiro e começo a dar banho nela. Lavo seus lindos cabelos ruivos e sorrio ao imaginar nossos filhos com os cabelos parecidos com os dela, com certeza serão lindos como a mãe.

Quando acabo de lavas seus cabelos, ensaboo seu corpo e ao chegar a barriga fico a acariciando, procurando por alguma mudança de ontem para hoje. 

Começamos a falar sobre o sexo deles e sou sincero ao dizer que não me importo com o que seja, para mim tudo que importa e que sejam saudáveis. E se tivermos somente duas meninas ou dois meninos, poderemos tentar outra vez futuramente.

Ao fim do banho a seco e trago de volta para o quarto, enquanto ela passava alguns cosméticos em seu corpo eu fui até nossa mala e peguei um conjunto de langeris e um vestido para ela.

E após a ajudar a se vestir e coloca-la sentada no sofá, eu peguei roupas limpas e fui para o banheiro. Tomei um banho rápido, me sequei, passei alguns cosméticos, me vesti, calcei meus chinelos e sai do banheiro.

Destranquei a porta e me sentei ao lado dela, a trouxe para se deitar em meu colo, liguei a TV e coloquei no reality show sobre culinária que ela adora assistir e enquanto isso eu fiquei lendo e-mails em meu telefone.

Cerca de duas horas depois uma  enfermeira trouxe nosso almoço, comemos em silêncio e após a refeição a levei para o banheiro e após escovamos o nosso dentes eu a trouxe de volta para a cama.

—  Tenta dormir um pouquinho bebê, você parece cansada. — Lhe digo e a beijo.

— Deita aqui comigo, não gosto dormir longe de você. — Ela me responde e faço o que me pediu.

Ela deita em meu peito e faço um carinho em seus cabelos, alguns minutos depois percebo que ela dormiu e me levanto cuidadosamente para não acorda-la.

Vou até a sacada com a intenção de abrir para o ar puro entrar, quando puxo a cortina vejo uma mulher olhando fixamente em direção ao quarto que estamos, de onde estou não dá para ver perfeitamente seu rosto mas tenho certeza que é a Natalya.

Sem tirar os olhos de onde ela está, pego meu celular e ligo para o Andrey, falo para ele o que está acontecendo e encerro a chamada. Logo em seguida a porta se abre, ele entra no quarto e vem até onde estou.

— A segunda equipe de segurança está indo nesse momento até ela  para tentar pega-la, o hospital está cercado é impossível ela conseguir fugir. — Ele diz.

— Ela não parece estar com medo de ser pega. — Lhe respondo.

— Comportamento típico de sociopatas, eles não se importam em esconder os seus erros ao cometer crimes. — Ele diz.

Continuo achando estranho ela está se sacrificando assim, sei lá algo não bate. Não após tudo que eles vem fazendo para fugirem de nós, isso está fácil demais.

Olho ao redor e vejo duas vans suspeitas há alguns metros de distância de onde ela está, e entendo que a desgraçada não veio até aqui sozinha ela é apenas uma distração para que os meus seguranças se afastem e nos deixem desprotegidos. 

— Mande seus homens de volta para dentro do hospital, ela não está aqui sozinha. — Lhe digo e aponto para onde eu vi as vans.

— Porra. — Ele responde praguejando, pega seu celular e começa a gritar ordens para a equipe de segurança.

— Tudo certo? — Lhe pergunto.

— Sim, também já pedi ajuda ao Oliver e ele falou que em dez minutos chega aqui com os outros polícias. — Ele me responde.

Acho que ela percebe que descobrimos o plano deles, faz um sinal para uma das vans e quinze homens saem lá de dentro e entram outra vez logo em seguida.
A desgraçada sobe em uma moto, olha em minha direção, sorri e sai logo em seguida sendo seguida pelas duas motos.

— Temos que sair daqui, o hospital definitivamente não é um lugar seguro para estarmos nesse momento, infelizmente estamos expostos, eles já sabem quem somos, mas nós só conhecemos o Vladmir e a Natalya. — Ele diz e sei que está certo, mas não posso tirar a Cath daqui sem ter recebido o tratamento adequado.

— Redobre a segurança, contrate mais homens. —Lhe respondo.

— Tem algo mais por trás disso senhor, após tudo que descobrimos nós últimos meses tenho certeza que essa perseguição não é mais só por recalque e inveja por parte deles. — Ele me responde.

ImpiedosoWhere stories live. Discover now