Capítulo Três

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Saio de casa como se fosse uma fugitiva e vou com a minha prima até a casa que ela vive com a nossa avó

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Saio de casa como se fosse uma fugitiva e vou com a minha prima até a casa que ela vive com a nossa avó.

Ao chegar sou recebida por um abraço caloroso que me acalma e conforta, vovó Allyra e a Abi sempre foram a minha verdadeira família.

As únicas pessoas que sempre me amaram e se importaram comigo, a vovó sempre fala que meu avô iria me amar também mas não cheguei a conhecê-lo pois quando nasci ele já havia falecido a alguns anos.

— Como você está minha querida? — A minha avó me pergunta.

— Vou ficar bem vovó. — Lhe respondo.

— O advogado que contratei para tratar do assédio já está a sua espera na biblioteca, a  Charlotte já chegou e o jornalista irá chegar em alguns minutos. — A vovó fala e nos guia até a biblioteca.

Cumprimento a Charlotte e o advogado chamado Ivan Coscov, me sento ao lado da Abi e cerca de meia hora depois a governanta da minha avó entra trazendo o homem que acredito ser o jornalista.

— Cath esse é Sergey Roff ele é o editor do Jornal e revista Celebridades, além disso ele é um ótimo relação públicas e irá nos ajudar a limpar essa sujeira envolvendo seu nome. — A vovó diz nos apresentando.

— Muito prazer senhor Roff. — Digo e aperto a sua mão.

— O prazer é todo meu senhorita Ecatherine, o seu caso é um pouco complicado por se tratar de duas famílias muito importantes da nossa sociedade. Mas irei fazer o meu melhor para limpar o seu nome, te dando a chance de explicar o que aconteceu. — Ele me responde e começa a se preparar para gravar a minha Intervista.

Estou nervosa, nunca passei por isso antes, sempre fui reservada. Odeio ser exposta e que o foco seja todo sobre mim.

Começo a contar tudo que aconteceu na noite anterior, e com o conselho do meu advogado omiti a parte que peguei meu ex-noivo traíra e a minha irmã vadia transando em minha cama.

Conto para o jornalista que antes de ir para a boate eu havia cancelado o meu casamento e tudo relacionado ao evento, a Charlotte também da seu depoimento e até apresenta o registro telefônico que ela pegou somente para provar a minha inocência.

A entrevista durou cerca de duas horas, o jornalista fez várias perguntas muito íntimas e a maioria eu não sabia responder.  Principalmente quando ele me perguntou como as fotos íntimas minhas e do Dominique, deitado e abraçados na cama foram parar nas mãos da mídia.

Quando finalizou a maldita entrevista pude finalmente respirar aliviada, e torcer para que desse certo e que eu não fosse taxada como a vadia que traiu o noivo por muito mais tempo.

— Senhorita eu irei editar algumas partes e publicarei ainda hoje, amanhã de manhã irá sair no jornal tanto online quanto impresso. — Ele diz e aperta a minha mão

— Tudo bem senhor, eu entendo. — Lhe respondo.

—  Sinto muito por você estar nessa confusão, mas infelizmente nem todos os meus colegas de profissão são corretos e nem sempre fazem uma  investigação sobre  a procedência da notícia.  — O Sergey fala.

— Obrigado por ter aceitado me entrevistar e escutar a minha versão da história. — Lhe respondo.

— Não foi nada, a sua avó é amiga de longa data da minha mãe não poderia recusar um pedido dela.  — Ele diz e a vovó da um tapinha na mão dele.

— Senhorita Ecatherine eu irei cuidar da parte legal, e tomarei as medidas cabíveis para tratar do assédio e difamação que vem sofrendo. Qualquer coisa que precisar é só entrar em contato comigo. — O advogado fala e  me entrega um cartão.

— Obrigado senhor Coscov.  — Lhe respondo.

— Cath eu já vou indo. — A Charlotte fala.

— Charlotte muito obrigado por sua ajuda. — Lhe respondo.

—  Eu também já vou indo, quanto antes começar a editar a sua entrevista mais rápido ela começara a circular. —  O Jornalista fala.

— Irei acompanha-los até a porta. — A vovó lhe responde e sai em seguida da biblioteca sendo seguida pelos três.

Me deito no pequeno sofá e fecho os meus olhos tentando esquecer a bagunça que está a minha vida.

Ontem a essa hora eu estava em meu trabalho, imaginando o meu casamento que aconteceria hoje no fim da tarde.

  Agora estou aqui, sem emprego, sem noivo e sendo tachada como uma vádia mimada que traiu o noivo por pura diversão.

— Em que tanto você pensa Cath? —  A Abi me pergunta.

— Em tudo que aconteceu ontem e hoje. — Lhe respondo.

— Tudo vai se resolver. —  Ela me responde.

—  Como será que está o senhor Dominique após toda essa confusão? — Lhe pergunto.

—  Não sei te dizer Cath, o Brendon tentou ligar para ele, mas não teve êxito  —  Ela me responde.

— Espero que isso não tenha lhe causado tanta confusão e que ele não esteja sendo perseguido e difamado como eu. — Lhe digo.

Conversamos mais um pouco mas logo a vovó veio nos chamar para almoçar, após o almoço fomos para o jardim dela e lá ficamos durante todo o restante do dia.

Temendo que os jornalistas ainda estivessem acampados em minha porta a minha avó me convenceu a dormir em sua casa. Apesar de querer voltar para casa concordei com ela, para não preocupa-la.

Jantamos cedo como é o costume da minha avó, e após o jantar desejei boa noite para elas e fui para o quarto de hóspedes que sempre fico quando estou aqui.

Retirei as minhas roupas, fui até o banheiro, tomei um banho demorado, me sequei, escovei os meus dentes, vesti meu pijama e me deitei.

O cansaço do dia de merda que tive me fez dormir quase que instantaneamente, acordei no outro dia já passava um pouquinho das oito da manhã.

Me levantei corri para o banheiro e fiz rapidamente a minha higiene, passei alguns cosméticos, me vesti, amarrei meu cabelo em um coque bagunçado, calcei meus chinelos e sai do quarto.

Fui diretamente para a sala de jantar onde a minha avó e prima já estavam me esperando, as cumprimentei e me sentei ao lado da minha prima.

Comemos em silêncio pois a vovó não gosta de conversar durante as refeições, e quando acabamos nos sentamos na sala de estar.

— O Sergey publicou a sua entrevista na revista e no jornal, agora teremos que esperar se irá funcionar. — A minha avó fala.

— Espero que de certo. — Lhe respondo.

— Ao menos irá amenizar os danos a sua imagem. — Ela me responde.

— Obrigado vovó por tudo que fez por mim. —Lhe digo.

— Não precisa agradecer minha querida, estou aqui para isso. — Ela me responde e sorrio para ela.

A minha avó é uma pessoa incrível e sempre foi muito bondosa para comigo, e ela e a Aby sempre me defenderam dos meus pais e irmã.

E por esse motivo ela não tem um bom relacionamento com meus familiares, principalmente com a minha mãe. A minha avó não aceita a forma como a minha mãe me trata.

ImpiedosoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora