Capítulo Setenta e Quatro

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— Bom dia, me chamo Selene e sou a nutricionista do hospital. Você precisa de ajuda? — Uma senhora de aparentemente cinquenta anos me pergunta.

— Bom dia, me chamo Dominique e sim eu preciso. Estou preparando uma bandeja de café da manhã para minha esposa, ela está grávida e vem sofrendo de enjôos pesquisei sobre alimentos específicos para essa fase mas não encontrei quase nada aqui. — Lhe respondo.

— O que a sua esposa geralmente gosta de comer de manhã? — Ela me pergunta.

— Ela gosta muito de bolo mas é algo que ultimamente quase não come mais, ela também gosta de ovos mexidos. — Lhe respondo.

— Ela gosta de quais frutas? — Ela me pergunta.

— De todas com exceção de abacaxi, pois tem alergia. — Lhe respondo.

— Como você já escolheu corretamente uma boa parte dos alimentos, eu vou só preparar uma salada de frutas e fazer um chá de gengibre que também é muito eficaz contra enjôos. Me dê alguns minutos e já volto com tudo pronto. — Ela diz e sai em seguida.

Aproveito que já estou na cantina, preparo uma bandeja de café da manhã para mim, me sento em uma mesa e começo a comer a minha refeição.

Quando acabo de me alimentar, pego mais uma xícara de café e fico esperando a nutricionista aparecer com o café da manhã da minha esposa. O que não demora muito, pois minutos depois ela vem até onde estou.

— Aqui está. —Ela diz e coloca a bandeja sobre a mesa.

— Obrigado. — Lhe respondo e ela se vai.

Faço um sinal pedindo a conta a garçonete, ela vem até a mesa e me entrega a comanda com o valor. Pego minha carteira, retiro uma nota de dentro e a entrego.

— Pode ficar com o troco. — Lhe digo.

— Obrigado Senhor. — Ela diz e apenas aceno de volta.

Pego a bandeja de café da manhã da minha bebê, saio da cantina, e volto para o quarto o quarto onde ela esta internada. Ao chegar entro e a encontro acordada, coloco a bandeja na mesa de cabeceira e vou até ela.

Desejo bom dia para a minha amada família, pergunto como ela está se sentindo ou se sente dor, beijo seus lábios e depois o seu ventre. Fico preocupado quando ela reclama que sente dor de cabeça e cólica.

Explico brevemente para ela sobre a doença gestacional que ela está sofrendo e também falo sobre os cuidados que teremos que ter durante a gestação. Fico chateado por preocupa-la, mas minha menina é madura e sei que entendeu e fará tudo que for preciso para nossos filhos nascerem saudáveis.

Encerro o assunto para que ela possa comer, inclino a cama, pego a bandeja com o seu café da manhã e coloco em sua frente. Ela olha com uma careta para a comida e comenta que talvez não seja uma boa idéia comer por causa dos enjôos, mas a tranquilizo ao contar sobre a pesquisa que fiz.

Quando ela acaba de comer a última colherada da salada de frutas percebo que seu rosto fica ainda mais pálido do que já está, afasto rapidamente a bandeja, retiro o soro só suporte, a pego em meus braços e corro  para o banheiro.

Quando o enjôo cessa, eu dou descarga, a ajudo a ficar de pé e a amparo enquanto a Cath escova os dentes. Quando ela acaba, a pego em meus braços e volto para o quarto.

Deito ela na cama, coloco o soro de volta no suporte, me sento a seu lado e beijo a sua testa fria, olho seu rosto pálido e parte meu coração vê-la assim.

Alguns minutos depois alguém bate na porta e a médica responsável pelo seu atendimento passa por ela, acompanhada de uma enfermeira que empurra uma cadeira de rodas.

ImpiedosoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora