Capítulo 15

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Augusto

Eu realmente não sei o que me deu para chamá-la para jantar, meu intuito de ir a padaria era apenas para me desculpar pelo ocorrido na oficina, cheguei avistei o pequeno Adam e fui falar com ele primeiro, foi só o garotinho dizer que queria comer em um restaurante que ele viu quando foi ao mercado com a mãe que tive a brilhante ideia de chamá-los para jantar.

O pior de tudo é que sei que se ela dissesse não eu iria implorar de joelhos até que ela aceitasse. Agora aqui estou eu contente por ela ter aceito e desesperado pensando onde podemos ir. Resolvo ligar para Eduardo, preciso conversar com meus irmãos.

— Chora.

— Onde está?

— No lugar onde fico todos os dias, no restaurante.

— Chama o Álvaro estou indo aí e preciso conversar.

— Ok. — Encerro a ligação e coloco o carro em movimento novamente. Meus irmãos vão me infernizar com o que vou dizer, mas preciso conversar com eles.

— Acho bom ser um assunto muito sério para me tirar do trabalho. — Álvaro reclama assim que adentro a sala de meu irmão.

— Não vou nem te falar nada bonequinha.

— Senta aí Augusto e fala logo o que está acontecendo. — Eduardo me corta, sento em uma poltrona e olho para meus irmãos, como começar a falar pra eles?

— Não vai falar? O gato comeu sua língua? — Álvaro me cutuca e empurro suas mãos para longe.

— Para de graça, estou analisando a melhor forma de começar a falar pra vocês.

— É algo muito sério? Está me preocupando Augusto.

— Eu acho que estou gostando de alguém. — Fico olhando meus irmãos, Eduardo parece surpreso, está analisando o que eu disse. Já Álvaro está sorrindo como se já soubesse.

— É a Cecília? Aposto que é, levou ela na oficina, socou um homem por ela.

— Espera, espera, como assim socou alguém? — Eduardo pergunta e suspiro, começo a contar o episódio de ontem para meu irmão. — Você sabia disso e não me contou? — Ele reclama com Álvaro que dá de ombros.

— Sabia que ele contaria, então deixei quieto.

— Vocês vão discutir isso e não o fato de eu ter dito estar gostando de uma mulher?

— Augusto eu fiquei um pouco surpreso não nego, mas já esperava, no dia seguinte ao dia que acompanhou ela e o filho de volta a casa só sabia falar nela e no menino.

— Essa sua cara de idiota olhando para os dois não engana ninguém.

— Eu estou confuso, Carmem feriu meu ego, desde então as mulheres para mim são só por uma noite, mas desde o dia que conheci Cecília eu não paro de pensar nela e no Adam, eles são lindos juntos, a forma como se amam e um é o porto seguro do outro. Ela me intriga, eu sinto que ela esconde algo e quero descobrir, quero cuidar e proteger os dois e não entendo essa minha vontade.

— Ele está apaixonado! — Álvaro é romântico ao extremo e enxerga coisas demais, eu apenas me sinto atraído, cativado e encantado por mãe e filho.

— Álvaro não é para tanto, não vivemos em um conto de fadas ou em uma das histórias de princesas que assiste.

— Eu ainda estou absorvendo o que você disse, pode não estar apaixonado ainda, seria até ilógico estar, afinal se conhecem a menos de uma semana, mas pelo que disse sentir e pelo caminho que está percorrendo, não vai demorar muito para se apaixonar.

Trilogia Irmãos Guerra - Amor Além Do DNAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora