Trilogia Irmãos Guerra - Amor Além Do DNA

Capítulo 52

Cecília

Estou tão feliz, nunca imaginei que me sentiria assim, realizada, amo Augusto, ele é tão especial comigo e com Adam, meus pais o amam, Beatriz está cada vez mais próxima, agora sim temos uma relação de irmandade, Luiza e Joaquim são os melhores sogros do mundo, meu pequeno está cada vez mais feliz e meu bebê cresce saudável e protegido em meu ventre.

Tudo para o casamento já foi decidido e organizado, hoje é minha penúltima prova do vestido, Fernanda, Beatriz e Luiza estarão comigo. Meu pequeno vai ficar com o pai e os avôs, ele está realizado, agora que tem pai e avôs para fazerem coisas de homens, como ele diz.

— Oi maninha linda! — Ganho um beijo estalado de minha irmã, ela loga se abaixa e beija minha barriga e conversa com a sobrinha, embora ela não saiba que é menina, trata como tal, para ela é uma menina e pronto.

Foi um momento de realização e emoção, eu, Augusto e Adam na sala de ultrassom ouvindo o médico dizer que eu estava esperando por uma garotinha, todos vibramos, queríamos que fosse uma menina e assim aconteceu. Adam só sabe falar da irmãzinha desde ontem e Augusto está todo cuidadoso e ciumento, a pobre garotinha nem nasceu e tem um pai ciumento que já está pensando em como espantar os futuros namorados.

— Oi, como foi no trabalho? — Pergunto, mesmo sabendo sua típica resposta.

— Bem. — Ela dá de ombros se levantando.

— Só isso?

— Tinha que ter mais? — Ela debocha e sorrio, ela não gosta de falar sobre sua relação com o Felipe e eu não insisto.

— Pelo visto não. Vai me acompanhar na prova do vestido?

— É só isso que faço toda semana. — Ela revira os olhos e sorrio, ela ama me acompanhar, fica toda chorosa ao me ver no vestido.

— Nem é toda semana. — Ela dá de ombros sorrindo.

— Filha vai se trocar que já vamos sair, Luiza está para chegar. — Fernanda surge na sala, Beatriz a obedece, ela se senta ao meu lado e acaricia minha barriga. — Está linda.

— Obrigada.

— Seu pai está todo sentimental, passe um tempinho com ele, vai casar e nem aproveitamos sua presença aqui. Isso que dá ter filhos grandes. Beatriz daqui a pouco vai estar indo também.

— Sem chorar Fernanda. — Abraço ela, é a mãe que nunca tive, a amo como tal, agradeço por ter ela, meu pai e minha irmã em minha vida. — Estou tão ansiosa, só falta mais um mês.

— Eu sei, passou tão rápido, já está de cinco meses. Tem certeza que não quer esperar o bebê nascer? Isso é tão estranho, ainda nem sei o que meu neto é. Já tem nome pelo menos?

— Sim Fernanda, tem. — Eles estão inquietos para saberem o sexo do bebê, porém só vamos revelar no jantar.

— Não vou saber? — Sorrio para sua curiosidade além do normal.

— Quando formos contar a todos.

— Isso é chato, sou sua mãe e avó desse bebê, deveria ser a primeira a saber. — Sorrio, amo a forma como eu a adotei e ela me adotou. Minha bebê custou a revelar que era uma garotinha, só ontem descobrimos, vamos contar hoje num jantar com toda a família. Beatriz volta a sala e saímos, encontramos Luiza no portão pronta para bater.

— Oi querida. — O primeiro abraço é meu, amo de paixão minha sogra, ela é maravilhosa, ela beija minha barriga e depois cumprimenta as outras, partimos animadas para a loja onde escolhi o vestido.

Durante o caminho me sinto diferente, na verdade sinto algo estranho surgir dentro de mim, um sentimento ruim, resolvo ignorar, presto atenção na conversa alegre, respondo uma coisa aqui, outra alí, e a sensação fica um pouco esquecida.