Capítulo 10

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Cecília

Acordo com uma dor de cabeça. Não sei o porquê. Talvez deve ser porquê dormi tarde ontem.

Mas também chegamos tarde da casa da dona Luiza. Ela é um amor de pessoa, me tratou tão bem, tratou Adam com tanto carinho. Ela e seu esposo foram um amor.

Começo a rir sozinha ao me lembrar dela falando que os filhos são um caso perdido, que não querem casar e nem dar netos a ela. Que agora ela fica lá, sozinha sem ninguém além do marido dela.

Fernanda e eu prometemos voltar mais vezes lá com Adam para visita- lá. Me levanto e vou para o banheiro fazer minha higiene matinal, termino e volto para o quarto e vejo Adam ainda dormindo, preciso acordar ele para o primeiro dia de aula, tenho também que ir para a padaria, Fernanda com certeza já deve estar pronta.

— Adam meu amor, vamos acordar filho, mamãe tem que ir trabalhar, e você tem aula. — Digo beijando seu rosto, ele resmunga e volta a dormir, insisto de novo, e ele abre os olhos.

— Vamos meu pequeno, tem que acordar, não quer ir pra escolinha junto com a mamãe e o vovô? — Digo fazendo cócegas nele.

— Sim, eu quero ir pra escolinha, já acordei mamãe, viu? — Diz sentando na cama e abrindo os braços, numa forma de me mostrar que ele está acordado. Começo a rir do seu jeito, cabelo todo desgrenhado, olhos inchados, demonstrando que ele ainda está com sono.

— Então vamos levantar, escovar esses dentes, tomar banho, e tomar café da manhã para irmos, vai ficar na escolinha e de tarde vamos para a padaria com Fernanda!

— Não podemos deixar o banho para amanhã? — Diz quando estamos entrando no banheiro.

— Não, você vai tomar banho sim, que ficar fedendo?

— Tá bom mamãe.

— Bom garoto.

Ele escova os dentes sozinho, ajudo ele no banho, quando termino, enrolo ele na toalha e vou trocá-lo. Descemos para a cozinha, pra tomarmos nosso café. Entrando esbarro na minha irmã, que me olha e sai sem dizer nada, e acho estranho ela estar acordada cedo assim, sendo que acorda somente para almoçar. Vejo meu pai sentado, logo ao seu lado Fernanda, tomando seu café, quando me vê sorri.

— Bom dia filha. — Meu pai vem e me beija o rosto, pega Adam no colo e beija.

— Bom dia, o senhor vai ir junto comigo levar Adam para escola?

— Sim, vou ir com vocês, depois deixo você e Fernanda na padaria. — Diz dando um pão de queijo para Adam que come com gosto, quando terminamos só pego minha bolsa e saímos. Fico receosa para o primeiro dia de Adam na escola, adaptação em um novo ambiente nunca é fácil, mas espero que dê tudo certo e meu menino goste do local e das pessoas.

— Mamãe será que vou conseguir fazer amiguinhos aqui? — Meu menino me pergunta enquanto caminho com ele até o pátio do colégio, me abaixo para ficar de sua altura.

— Com certeza, vai fazer muitos amiguinhos, você é bem legal e inteligente.

— É mesmo, minha professora lá da outra cidade falava isso.

— Vai gostar daqui também meu amor.

— Já gosto, estamos longe deles. — Sorrio para meu pequeno, ele cresceu em meio ao medo, mesmo sendo novinho sabe bem das coisas, entende tudo muito rápido. Me levanto e torno a segurar sua mão. No pátio procuro pela fila do primeiro ano.

— Olá, bom dia, essa é a fila do primeiro ano?

— Sim, eu sou a professora Bruna, qual o nome do meu novo aluno e de sua mãe? — Ela me sorri e estende a mão, retribuo o sorriso e o cumprimento.

Trilogia Irmãos Guerra - Amor Além Do DNAWhere stories live. Discover now