Capítulo 20- Letters Between Lovers

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Durante um período na linha tempo de aproximadamente 4 semanas, a história recebe uma breve pausa nas ações desempenhadas pelos nossos personagens, nada mudara, rotinas teriam sido fixadas ás vidas de todos, entre treinos em campos ingleses debaixo de um tempo meteorológico que seria cada vez mais rigoroso, a missões e expedições efetuadas para longe e para lá do oceano, mas se houve algo que não tivera pausa, fora o amor, escrito em símbolos negros de tinta fresca sobre papel barato que seria dobrado, guardado dentro de envelopes e voando pelo ar ou andando pelas linhas de ferro, de um lado para o outro, mantendo aquela chama, ah sempre aquela chama que seria uma ligação eterna, entre dois apaixonados, belos e afastados, mas que sempre que liam as cartas do seu respetivo amor, imaginavam e criavam um filme de Hollywood sobre os momentos, sentimentos e vivencias transcritas para texto compactado, bem estruturado, apaixonado, sincero e ousado, para os olhos de quem já desistira dos seus amores das suas terras, mas nem Andrea, nem Diego teriam intenções de tal, pelo menos até certa altura...

Diego, na data de 31 de Setembro de 1939, num comboio que andaria pelas terras italianas, recebera e lera a carta de Andrea, com grande riso, sofrimento, saudade e aliviamento pelas palavras belas escritas da mesma em forma de letra bela e com uma fragrância que cheirava exatamente como ela, agarrando a carta perto da sua face para sentir o belo aroma doce que viria com uma sensação de paixão e saudade... No mesmo comboio, este fora para uns escritórios privados onde pegara numa folha de papel, mais rica e de textura grossa, e na respetiva caneta, e escrevera, escrevera como se fosse a última coisa que iria fazer, sem pausas, para pensamentos ou falas com outros, apenas escrevia, com esperança nas mãos, nas palavras, nas frases, textos belos que simulavam conversas no momento, sempre seria melhor assim do que nunca mais saber da sua amada.

De seguida, este escrevera:

"Algures entre Milão e Roma

3 de Outubro de 1939

Mi anjo

Fico tão aliviado sobre a vossa chegada calma e bem... de certa forma, comediante... adorava ter visto esse episódio retratado da joelhada e do castigo (ri a bom rir), não me batas nos teus pensamentos...

Neste momento estou num comboio a viajar para Milão, onde irei completar o meu último exercício do meu treino militar (digamos que me permitiram terminar mais cedo o mesmo, uma vez que já o teria realizado quando fora mais novo e passara nos primeiros testes com distinção), e de seguida partirei para a Etiópia em uma expedição que fora destacado mas que por motivos de segredo de estado, não poderei partilhar mais informações...

Não sei como consigo fazer parecer que esteja ai contigo, mas talvez consiga fazer-te imaginar de como estou agora a escrever esta carta numa mesa portátil num comboio cheio de militares e armamento...

O tempo está a ficar mais frio, a chuva mais calma, mas o tempo depressivo e cinzento continua, o meu comboio está cheio mas consegui arranjar uma sala privada para te escrever, com uma janela em frente de onde consigo visualizar prados iguais ao prado que passamos o nosso dia de sonho, onde eu queria estar neste momento para sempre... Encontro-me a fumar um cigarro roubado ao meu almirante, é horrível, destruidor de pulmões mas penso que no fim de tudo vou acabar de fumá-lo devido ao frio que tenho...

Espero que aí, onde te encontras em Cambridge, estejas bem, confortável, e feliz, que os teus treinos corram bem e que a recepção tenha sido boa, mesmo depois dos ocorridos... (não vou mentir que quando li o ocorrido, ri sozinho que nem um louco)

Escrevo-te brevemente

Dos teus Olhos cor de avelã

Diego Libra"

𝑳𝒂 𝑳𝒂𝒄𝒓𝒊𝒎𝒂 𝒅𝒊 𝑮𝒖𝒆𝒓𝒓𝒂Where stories live. Discover now