CAPÍTULO 15.

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Boa leitura ♡

Andamos floresta adentro, com Kristian vindo logo atrás.

— O que vamos fazer agora? — perguntou Zack, após um tempo de caminhada.

— Nada. — digo com um suspiro. — Seguiremos o conselho do meu pai, vamos tentar esquecer, pelo menos por um tempo, vamos organizar nossos pensamentos e tentar aproveitar os últimos meses juntos.

— Não acredito que estou escutando isso de Sarah Angel... 

— Acho que ela ta certa, não temos muitas opções no momento. — concordou Berry.

— Acho que o mais sensato a se fazer é aproveitar. — digo.

Ninguém falou nada depois disso, então apenas seguimos andando.

No dia em que eu e Malia viemos para cá, parecia que seriam apenas três meses de tédio ou até mesmo de diversão. E hoje estamos aqui, quebramos uma das regras mais rigorosas do Angel Camp, diversas vezes, descobrimos que os Angels e os Argents não se odeiam tanto quanto queriam que acreditássemos que se odiavam. E por último e não menos importante, eu finalmente admiti para mim mesma que minha mãe foi assassinada, e não vítima de um trágico acidente.

E agora temos que ignorar tudo isso como se não fosse nada. Simplesmente porque não temos outra opção, talvez Lucius tenha razão em sempre me dizer isso. Nem sempre temos opção.

Assim que chegamos o sol já tinha sumido no horizonte, o céu tomou uma tonalidade de lilás e azul em um lindo degradê.

Garantimos que ninguém nos veria saindo da floresta e seguimos em direção a toca. Até que senti aquele mesmo olhar, de umas noites passadas, eu sabia que era ele.

— Para onde vai? — perguntou minha irmã, percebendo que eu tomei outro caminho.

— Er... — virei meu olhar para eles. — vou só resolver um probleminha e já volto.

Segui meu caminho até a parte de trás do galpão A, ele estava lá sentado no mesmo lugar que estava no dia que encontrei a mulher desconhecida na floresta.

Sentei do seu lado e ficamos em silêncio por alguns minutos, até ele o quebrar.

— Está melhor? Fiquei preocupado, naquele dia você parecia estar suja de sangue.

— É, eu to bem, Ethan Davis...

— Davis é um sobrenome comum, sabia? 

— Verdade, mas eu sei muito bem de qual família Davis você é. Adan não te pediu para nos vigiar pediu? — eu descobri tudo isso a pouco tempo, primeiro descobri que Adan tinha um filho, depois disso no dia em que fui telefonar para meu irmão aproveitei e conferi a ficha do Ethan, e como eu imaginei, estava lá o nome de Adan Davis como tutor legal.

Ele deu uma risada rápida antes de responder.

— Não, Sarah, meu pai não me pediu para espionar vocês. 

Ele parou por alguns segundos, olhou para mim e continuou.

— Eu não estou contra vocês. Ele só me pediu para manter distância, mas parece que tudo que vocês fazem escondido eu acabo vendo de uma forma ou de outra.

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