CAPÍTULO 12.

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Boa leitura ♡

Fui em direção à floresta, na hora, a última coisa que eu pensei foi ver se tinha alguém me olhando.

Olhei pelas redondezas, mas nenhum sinal dela, continuei andando entre as árvores que cada vez mais pareciam ficar maiores e meu coração parecia acelerar cada vez mais.

Alguns minutos depois, vi uma silhueta se aproximando, mas como sai sem lanterna não consegui ver quem era, então me escondi atrás de uma árvore e esperei a pessoa se aproximar.

Meu coração está tão disparado que sinto enjoo

Quando virei um pouco a cabeça consegui ver Sarah se aproximando, ela andava tão lentamente que parecia que iria parar a qualquer momento.

Entrei na sua frente e segurei seus braços para ver se eu não estava sonhando. Pisquei algumas vezes para ter certeza.

— O-o que aconteceu? Não, não fala... er... você tá bem? 

Ela ignora completamente tudo o que falei e tentou continuar andando. Solto seus braços e olho para minhas mãos que agora estão com algumas manchas de sangue.

— Sarah... — me viro e vejo ela parar de andar.

— Eu não sei... — escuto ela sussurrar.

Me aproximo de onde ela estava e a abraço, fico alguns segundos apenas assim, quando eu vou me afastar ela enfim me abraça de volta.

Foi estranho, mas ao mesmo tempo parecia que agora as árvores estavam diminuindo e meu coração batia em um nível sincronizado com tudo ao nosso redor.

— Vamos voltar e cuidar disso. — digo, me afastando da garota à minha frente. 

Nós tínhamos, acredito, que a mesma altura, então eu conseguia ver muito bem seus olhos refletindo a luz da lua, eu conseguia ver o quão eles eram solitários.

Comecei andando na sua frente para garantir que não teria ninguém no campos. Quando chegamos na cerca olhei para trás e a vi se aproximar lentamente com os olhos em um ponto que eu não encontrei.

— Vamos? — digo.

Ela apenas assente e acelera um pouco o passo até chegarmos na toca. Assim que entramos ela foi em direção ao quarto.

— Onde pensa que vai? Vou pegar algumas coisas para cuidarmos disso. — direciona a corte que ela tinha no pescoço.

— Não, não precisa, eu vou tomar um banho, é mais rápido. — fala sem olhar para trás.

Apenas a deixo ir, acho que ela precisa de um tempo. Não faço ideia do que aconteceu naquela floresta, mas o que quer que seja, não a fez nenhum pouco bem, era como se ela tivesse revivido o dia do incêndio, seus olhos estavam tão vazios quanto no dia do velório.

Alguns minutos depois, que pareciam horas, ela voltou para sala onde eu estava à esperar. Acho que eu fiz bem de lhe dar esse tempo, ela parecia melhor.

— Am... senta aqui. — digo direcionando o lugar ao meu lado no sofá.

— Não precisa, Zack, foi só um cortezinho. — diz ela, percebendo o motivo do meu pedido.

— Claro que precisa. Vamos, não quer que piore, quer!?

— Tá legal. — fala, percebendo que eu não vou desistir.

Olho na caixinha de primeiros socorros, que tem em cada banheiro, e procuro algo para passar, e logo depois fazer um curativo.

— Agora comece a me falar. — ordeno, enquanto passo o remédio que encontrei na caixa.

Anjos de Prata Where stories live. Discover now