Neymar Júnior - Paris Saint Germain

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- Você me enganou! - escuto o jogador falar chegando perto de mim e da maquiadora.
- Excuse? (desculpa?) - Falo em francês sem me mexer.
- Tu é brasileira! - ele rebate. - Tu não me dissesse que era brasileira. - Ele senta na bancada e leva um esporro da maquiadora.
- Tu não me perguntasse qual minha nacionalidade. - digo rindo, acabo levando um esporro da maquiadora também.
- Que mulher chata. - Ele fala sorrindo pra não parecer que estava falando mal da francesa.
- Ela é uma das melhores maquiadoras da França. - Falo quieta, quase sem mexer minha boca.
- Eu faria isso aí igualzinho. - Ele chega perto pra observar a maquiagem.
- Eu sei. - A mulher me libera e chega outra pessoa pra mexer no meu cabelo.
- De qual parte do Brasil tu é? - Ele pergunta.
Continuamos conversando sobre nosso país natal, vez ou outra alguém chegava pra ajeitar sua maquiagem e cabelo. Estamos fazendo uma campanha de dia dos namorados para a Dior, e sim, eu seria a "namorada" do Neymar. Dá pra acreditar?
Liberados da maquiagem, fomos trocar de roupa, separaram um vestido vermelho pra mim, e o Ney vestiria um terno também vermelho. Depois de prontos, descemos para o lobby do hotel onde faríamos a filmagem. O primeiro take seria uma coisa bem princesa, eu desceria as escadas e o jogador me esperaria em baixo, o segundo estaríamos dançando abaixo de um lustre lindo e gigante.
- Se essa porcaria cair em cima de mim eu não saio viva. - Falo olhando pra cima com as mãos na cintura.
- Sério? - Neymar fala chegando do meu lado e eu olho pra ele. - O hotel é lindo e tu tá pensando no lustre que, definitivamente, não vai cair? - Ele também olha pro lustre.
- Claro, eu morro de medo de ter uma morte idiota dessas. - Rio. - Imagina, modelo morre depois de um lustre cair em cima dela. Vê que manchete merda. A única coisa boa dessa história ia ser o dinheiro que a minha família ia ganhar. - rimos.
- Isso deve custar minha casa. - Ele fala
- Quanto custa tua casa? - pergunto e ele me olha surpreso.
- Alguns milhões. - Ele faz uma pausa. - De euros. -
- Quando eu crescer eu quero ser igual a tu. - bato em seu peito e vou para a mesa beber água.
Fizemos o segundo take e graças a Deus o lustre não caiu, em compensação, tivemos que fazer várias vezes porque os idiotas, nós no caso, tivemos algumas crises de riso enquanto a câmera nos gravavam, sempre era por uma graça de Neymar.
- O lustre tá dançando junto com a gente. - Ele sussurra no meu ouvido. - Acho que ele gostou da música. - Riamos horrores.
- Aquela mulher parece o Tony Ramos ó - Ele faz um movimento, me virando e olho pra senhora que juro, era igual ao Tony Ramos. E aí já sabe né? Rimos igual duas crianças. Os diretores estavam putos com a gente e depois de mais algumas tentativas, conseguimos. O terceiro era mais fácil, eu iria correr pelo lobby e encontraria Neymar na sacada.
Depois que fomos liberados, fui trocar de roupa pronta pra ir pra casa, estava morrendo de fome e cansada.
- Ei, s/n! - Escuto a voz da pessoa que passei o dia.
- Ei. - Me viro e vejo o jogador.
- Já tá indo? - faço que sim com a cabeça. - Tem carona? -
- Não, vou pegar um táxi. Mas vou passar no restaurante da esquina, eu tô morrendo de fome. - Falo fazendo careta.
- Posso te acompanhar? - pergunta.
- Não vai te atrapalhar? - Ele sorri e diz que não. - Então vamos. - Ele oferece seu braço e seguimos para o restaurante. O caminho foi bem rápido mas o suficiente para aparecer paparazzis.
- Qual a sensação de ser clicada com uma celebridade? - Eu pergunto e rimos.
- Eu me sinto adorável. - Ele ri, colocando a mão no peito.
Chegamos no bistrô e fomos muito bem recebidos, jantamos e conversamos sobre várias coisas, inclusive sobre seus jogos no PSG.
- O próximo gol que eu fizer eu te dedico. - Ele diz enquanto come.
- Olhe que eu cobro, viu?! - aviso.
- Pode cobrar. - Me olha. - Já sei, próximo jogo você é minha convidada. -
- Ney... -
- Não aceito não como resposta. Você vai, nem que eu tenha que ir na sua casa. -
- Mas isso não é um convite, é uma intimação. - sorrio.
- Entenda como quiser, eu só quero que você vá. - Ele continua.
- Então eu acho que não tenho escolha né? - O olho e ele confirma.
Continuamos conversando sobre assuntos aleatórios até terminar de comer. Depois de muita insistência, Neymar pagou nossa conta e seguimos para fora do restaurante.
- Vamo, eu te dou carona. - Ele chama
- Eu não quero te incomodar, pô - procuro meu celular na bolsa. - Eu vou chamar um táxi. -
- Minha companhia é tão ruim assim? - Eu o olho assustada e ele ri. - Eu faço questão. -
- Ok então, eu aceito sua carona. - como no início, ele oferece o braço e seguimos para o estacionamento do hotel para pegar seu carro. Quando entramos nele, expliquei o rota do meu apartamento. O caminho fomos em silêncio, Neymar parecia pensativo e eu não queria atrapalhar, passei toda viagem observando as ruas iluminadas de Paris, como eu amo esse lugar. Quando chegamos na minha casa, agradeci e sai do carro.
- s/n, espera! - Eu escuto ele me chamar e volto para o carro. - Eu quero sair contigo de novo. - ele me dá seu celular e eu anoto meu número, sorrindo que nem besta.
- Foi um prazer te conhecer, Ney. - Chego perto dele, me apoiando na porta do carro.
- O prazer eu ainda vou te dar. - Ele sorri de canto, me olhando nos olhos.
- Então mal posso esperar. - beijo o canto dos seus lábios e saio rebolando.
No outro dia, quando cheguei do trabalho, sou avisada pelo porteiro que tinha encomenda. Fico esperando e ele volta com um buquê de rosas brancas demasiadamente grande e uma caixa. Agradeço e sigo pra casa, procurando uma pista que falasse de quem seria o presente, acho um envelope.
" Muito obrigado por ontem, fazia tempo que não ria tanto. Te mandei o ingresso que prometi, espero te encontrar no próximo jogo, mal posso esperar para ver.
P.s: Confesso que fiquei pensando naquele quase beijo, não vejo a hora de te beijar.
Njr"
Sorri que nem uma tapada até em casa, na verdade, não parei de sorrir. Deixei o buquê de lado e abri a caixa, nela tinha uma camisa dele do PSG. É muito cedo pra eu já estar apaixonada?


Não era essa história que eu tinha feito, mas eu gostei dela também.
Espero que tenham gostado, não esqueçam de votar. Até o próximo.
-S.

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