Prólogo

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"Melhor que o encontro é o reencontro.
É ter a certeza que não há certeza de nada e mesmo assim se sentir feliz.
É não perceber a passagem das horas, mas é também contar cada minuto de espera.
É se perder dentro de um olhar e mesmo assim saber que nele você pode se encontrar.
É sorrir despretensiosamente e às vezes até sem perceber.
É sentir que nada no mundo poderá lhe atingir, pois a mira está em suas mãos."

(Juliana Vaz)

***

Havia muita gente no aeroporto e eu tentava encontrar Juliette no meio daquele povo, mas não estava complicado isso. Já ia pegar o celular para ligar a ela, perguntando onde exatamente estava, quando enxerguei mais adiante, no meio de algumas pessoas que seguravam um papel com o nome de quem aguardavam desembarcar, uma que escondia o rosto atrás de uma folha de papel A4 branca e ao ler o que estava nela, eu soube imediatamente que era a Juliette.

Como eu soube?

Simples!

Porque no papel estava escrito: quatro olhos!

Só havia uma pessoa naquela cidade inteira que me chamaria assim, e essa pessoa era Juliette Freire.

Abri um sorriso enorme daquela maluca. Logo já seguia em passadas apressadas até minha namorada que estava parada há certa distância de onde eu me encontrava.

- Juliette Freire! - anunciei assim que me encontrava parada diante dela.

- Sou eu!

Ela me respondeu, baixando o papel e assim pude vê-la com um sorriso, estampando seu rosto lindo.

- Só podia ser mesmo você mesmo quem estava atrás desse papel, né sua engraçadinha?!

Seu sorriso mais largo fez meu coração disparar no mesmo segundo; meu mundo brilhar; e as pessoas a minha volta e os sons em torno de nós passaram a não existir mais a partir dali.

Estar novamente diante dela era tudo o que eu mais ansiava desde que aquela insuportável embarcou de volta àquela cidade poucos meses atrás.

- E a...

Eu não lhe dei qualquer chance para me dizer mais nada, pois lhe tasquei um beijo.

Deus! Como era bom voltar a sentir o gosto dos lábios dela, sentir o cheiro bom que vem dela e abraçá-la como eu fazia agora.

Quase todas as noites, ao longo desses meses, eu sonhei com esse momento. Ansiei por esse instante!

[...]

— Pai... essa é a Sarah, minha namorada que o senhor conhece do computador. Foi na casa dela que eu fiquei em Las Vegas.

Juliette me apresentou para ele sem fazer muito rodeio.

— A namorada que você me fazia acreditar que era sua amiga?

Caramba, ele não parecia nada contente com isso. E eu até o entendia, porque nós mentimos para ele.

— Pai, eu já expliquei isso.

— Lourival, por favor, querido. Já conversamos sobre essa questão com você ontem.

O sujeito não falou nada em resposta e com isso, a Juliette aproveitou a deixa para completar a apresentação.

— Sarah esse é o meu pai Lourival.

— Olá, senhor Lourival.

Tomando coragem e iniciativa, eu me pronunciei e estendi a mão para cumprimentá-lo.

Com uma das sobrancelhas erguidas, vi o pai de Juliette revezar umas três vezes seu olhar entre mim e a mão que lhe estendi, para só então, aceitar meu cumprimento.

— Olá, moça. - disse-me secamente e segurando a minha mão. - E a propósito, Juliette, ela ainda não é sua namorada oficialmente. Eu e a moça aqui ainda temos antes que conversar muito baixinho a esse respeito, não é moça?

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Se na primeira parte a Sarah penou na mão da Juliette até conseguirem se entender. Agora, ela vai pelejar com o sogro 😅😅😅

Até semana que vem, meu amores.

Xero

San Francisco - Versão SarietteWhere stories live. Discover now