Capítulo 16.

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Natalie...

Para acompanhar Gary na ópera eu escolhi um vestido de um azul claro, em seda com um tule azul mais claro decorado com alguns brilhos, a saia em evasê, uma faixa logo abaixo do busto demarcado a cintura, a parte de cima era composta por duas faixas que cobria os seios, deixando um decote profundo e as costas nuas. Fiz uma maquiagem elegante e discreta, caprichando nos cílios postiços e em um batom nude acinzentado, ajeitei meus cabelos em um coque despojado, deixando alguns fios soltos. Coloquei uma calcinha fio dental branca, um sapato nude de salto alto, o meu vestido e estava pronta, quando olhei o celular Gary já havia mandado mensagem dois minutos atrás dizendo que estava me esperando.

Peguei uma bolsa pequena que já estava arrumada, coloquei somente meu celular e sai do apartamento, não demorou até eu estar saindo do prédio dando de cara com Gary encostado no carro vestindo um smoking preto, ele sorriu assim que me viu e caminhou em minha direção.

- Você está deslumbrante. – Falou depois de trocarmos um boa noite. – O vestido é seu. – Entendi o que ele quis falar.

- Não é porque eu sou estilista que todas as minhas roupas foram desenhadas por mim. – Falei olhando em seus olhos profundos. – Mas, sim, é uma criação minha.

Ele soltou uma gargalhada contagiante e balançou negativamente a cabeça pegando minha mão e deixando um beijo suave no dorso.

- Vamos? – Concordei deixando que ele me conduzisse pela mão até o carro. – Estaremos no camarote de um casal amigo dos meus pais. – Falou me surpreendendo.

- É mesmo? – Indaguei assim que ele se acomodou ao meu lado no banco traseiro do carro.

- Sim, eu lhe falei que tinha que comparecer ao evento. – Começou a explicar. – Bem, o motivo é eles, o evento é desse casal e eu não posso fazer a desfeita de não ir, já que sou a única pessoa da família na cidade não posso deixar de comparecer. – O motorista pôs o carro em movimento.

- Eu entendo. – Falei ainda um tanto surpresa.

- Nunca gostei muito de ópera. – Falou fazendo uma careta. – Mas, os Austin são amigos dos meus pais de longa data e nossos parceiros nos negócios, então eu não podia declinar do convite. – O carro se movimentava pelas ruas escuras da cidade.

- Então me convenceu a lhe acompanhar no programa chato? – O acusei.

- Não é chato. – Falou sorrindo. – Apenas não é meu preferido, prefiro um cinema. – Tocou meu rosto. – Garanto que a sua companhia vai deixar o evento ainda melhor.

- Obrigada. – Esfreguei meu rosto em sua mão o fazendo ele sorrir. – Posso afirmar que vou apreciar a sua companhia também.

- Chegamos senhor. – O motorista avisou estacionando o carro em frente ao teatro onde aconteceria a apresentação.

- Obrigada Brian. – Ele disse gentilmente. – Vamos?

- Vamos. – Respondi.

Ele se inclinou depositando um beijo suave em meus lábios antes de se virar abrindo a porta, do meu lado a porta foi aberta pelo motorista, mas, a mão estendida em minha direção. Aceitei sua ajuda para sair do carro, alguns fotógrafos estavam em frente ao teatro, tirando fotos de todos que entravam, conosco não foi diferente, apenas sorrimos e seguimos o nosso caminho. Eu não me importo com as fotos, sei que não sou interessante o suficiente para sair em páginas de fofoca, ainda mais por sair com um homem solteiro e bem sucedido que é frequentemente visto com mulheres diferentes.

Gary me guiou pelos corredores até as portas privativas que davam ao camarotes do teatro, o segurança o cumprimentou pelo nome e disse que os Austin já haviam chegado, ele agradeceu e continuou em frente. Do outro lado da porta uma sala de recepção grande e luxuosa se abria com uma mesa de buffet e outra com bebidas, garçons de smoking transitavam com bandejas nas mãos. Ao longo da parede oposta portas estavam dispostas, imaginei que os camarotes ficassem atrás de cada porta, minhas suspeita se confirmaram quando ele nos dirigiu até uma das portas e a abriu.

Marcados pelo Acaso - Meu Clichê (Livro 4) (Concluída)Where stories live. Discover now