Capítulo 15.

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Iam...

As pessoas andam apressadas de um lado para outro no aeroporto algumas se despedem de seus entes queridos, outras esperam ansiosas por quem está chegando, algumas choram, outras riem. Ando ao lado do meu pai puxando sua mala de rodinha e com a sua bolsa pendurada no ombro, ele fez seu check-in em um guichê eletrônico, despachou as malas ficando somente com a mochila.

- Você promete tomar cuidado? – Falei enquanto esperávamos o voo ser chamado.

- Eu prometo, eu sempre tenho cuidado meu filho. – Me olhou sorrindo. – Tenho um ótimo motivo pra voltar pra casa.

- Fico feliz com isso. – Falei sorrindo. – Vocês viajam pra lá quando?

- Amanhã pela manhã. – Ele me respondeu.

Uma voz feminina anunciou o embarque do voo para a Alemanha, ele vai viajar hoje para a Alemanha se reunir com os demais profissionais que viajaram para o Camboja amanhã.

- Estão me chamando. – Ele falou me abraçando apertado. – Se cuida.

- Sempre. – Nos afastamos. – Vai lá salvar vidas.

- Eu vou mesmo. – Ele falou.

Nos abraçamos mais uma vez antes dele se virar e caminhar para a zona de embarque, depois que sumiu pelo portão de embarque me virei saindo do aeroporto pedindo a Deus que cuidasse do meu pai esse tempo que ele estiver fora. Sempre que ele sai meu coração aperta, mas eu sei o quanto ele ama fazer isso, como ele nasceu para ajudar as pessoas onde quer que elas precisem.

Uma chuva fina caia quando sai do aeroporto, corri em direção ao meu carro em uma tentativa inútil de não me molhar, destravei as portas a meio caminho do carro, abri e entre rapidamente no carro, algumas gotas caiam dos meus cabelos e se acumulavam em meu terno. Olhando para o relógio vi que eu já deveria estar no trabalho, mesmo tendo avisado que chegaria mais tarde porque levaria meu pai ao aeroporto não quero chegar muito tarde.

Quando entrei com o carro na garagem do Solomon a chuva estava bem mais forte do que quando eu saí do aeroporto, o que antes era uma chuva fina agora era uma chuva bem grossa, o céu estava cinza e escuro. Desci do carro pegando minha pasta no banco traseiro, segui para o elevador.

- Bom dia. – Falei passando pela mesa de Samantha.

- Bom dia. – Ela levantou os olhos em minha direção. – Senhor McAdams, quer que eu lhe traga um terno seco? – Perguntou me seguindo até a minha sala.

- Não é necessário Samantha, obrigada. – Falei lhe agradecendo. – São apenas algumas gotas no terno, eu não tenho reunião hoje, tenho? – Perguntei tirando o terno e o colocando sobre o sofá que fica ali na minha sala.

- Não senhor. – Respondeu depois de conferir no tablete. – Apenas uma videoconferência depois da hora do almoço.

- Então não preciso de outro terno. – Falei e ela concordou com a cabeça. – Pode me trazer um café?

- Sim senhor. – Se virou saindo da minha sala.

Desde o dia que eu falei sério com ela sobre as investidas que estava fazendo em mim, ela tem me tratado de forma profissional e distante, isso me deixou bem tranquilo, ela é uma ótima profissional e eu detestaria perde-la. Fui até o banheiro, sequei meus cabelos e pescoço que estavam molhados, afrouxei a gravata a tirando por completo, abri alguns botões da camisa para conseguir secar minha pele que estava levemente molhada ali. Deixei a toalha no cesto e voltei para a sala fechando os botões da camisa, Samantha entrava com uma bandeja nas mãos, ela olhou para o movimento dos meus dedos e logo se virou colocando a bandeja sobre a pequena mesa em um canto.

Marcados pelo Acaso - Meu Clichê (Livro 4) (Concluída)Where stories live. Discover now