𝐒𝐔𝐌𝐌𝐄𝐑; RAFE CAMERON ✓

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 esse capítulo foi baseado na música love race do mgk.

acho que ela retrata tudo que o rafe sente agora.

Eu tenho um anel especial
E coloquei no dedo dela
Uma voz disse de repente
"Você nunca vai ficar com ela".

Por favor, não olhe para trás
O passado está tentando alcançá-la
Pressões de fora de nós
Tenho claustrofobia.

Não quero ficar sem você
Mas estou aqui, gritando sozinho
Estou fugindo
Estou fugindo (estou fugindo)
Estou na corrida
Para voltar para você.
LOVE RACE — MGK FEAT. KELLIN QUINN

SARAH CAMERON

                O médico havia finalmente nos liberado para ver meu irmão e disse para nós irmos devagar, afinal, não sabíamos seu verdadeiro estado após o traumatismo craniano. Meu pai deixou que eu fosse na frente, afinal, eu estava a ponto de ter um treco ali mesmo no corredor do hospital.

A enfermeira que estava com a prancheta nas mãos me aconselhou a ir devagar, não pressioná-lo tanto e lhe passar as informações aos poucos.

Abri a porta que nos separava e foi um choque quando visualizei Rafe em cima da cama, com uma faixa branca enrolada na cabeça e sua perna esquerda erguida, ainda enrolada com um gesso. Notei alguns hematomas em seu rosto, principalmente um corte fino limpo em sua bochecha direita.

E foi quando lágrimas preencheram a minha visão ao vê-lo ali, naquela cama tão fragilizado.

Soltei um suspiro quando ele abriu os olhos, estreitando-os ao enxergar o teto branco e os olhos claros vieram em minha direção. Abri um sorriso de orelha a orelha quando ele acordou e me aproximei de Rafe, lentamente.

— Sarah? — Questiona com a voz seca, o efeito dos coquetéis de remédios que o médico lhe dera. 

Estiquei a mão e peguei um copo d'água de plástico que estava na mesinha ao lado, entreguei para Rafe e ele agradeceu com um aceno, em seguida, tomou todo o conteúdo do plástico.

— O que aconteceu? — Perguntou com a voz confusa e ele ainda pareceu aéreo com a situação.

— Rafe... — Procurei por sua mão e senti seus dedos se encaixarem com os meus, e ali eu busquei um conforto. Apesar de nossas intrigas e do temperamento difícil do meu irmão, ele ainda sim é do meu sangue. — Porra, nunca estive tão feliz em vê-lo.

Mais uma vez, lágrimas deslizaram-se por meu rosto e eu tive que enxugá-las.

— Sarah, eu preciso que você me explique o que aconteceu. — Ele desceu o olhar para o braço, onde ao menos havia duas agulhas encaixadas em sua veia, aplicando-lhes o remédio necessário para tratar o desinchaço do cérebro. — C-como eu vim parar aqui, hum?

Suspirei, sentando na poltrona branca do lado da cama e ergui os olhos para encarar os azuis de Rafe. Eu notei seu olhar de desespero e confuso com o que havia acontecido, e então, eu resolvi lhe contar o que eu soube pelo meu pai.

Por conta do excesso de chuva em Chapel Hill, os pneus do veículo escorregaram na pista e Rafe perdeu o controle do carro, fazendo assim, que o carro caísse pela ribanceira da estrada.