Um momento de ousadia.

Start from the beginning
                                    

— É porque Matilda ainda não namora, você sim. — Taehyung sorriu tímido, um tipo de sorriso raro para uma cria acostumada a não filtrar nada em suas palavras, o olhar impactado pela informação do Park sobre si fez aumentar o embaraço do castanho, que passou a judiar dos cantos dos dedos em fuga e timidez.

— O quê?!

— Digamos que quero ajuda, pra sei lá, no dia que eu tiver alguém eu saber agir, sabe?! — mentira existia para se acreditar e o Kim até tentou, mas o Park apenas de observar já sabia tudo, pelos dois. — Dicas...

— Hum...e Jungkook?

— O quê que tem ele? — a simples menção fez o garoto entrar em estado de alerta, como se todos os seus segredos tivessem sido postos à vista sem qualquer pesar. Não, era segredo poxa.

— Cadê ele? Por que não te acompanhou até aqui? — o loiro respondeu óbvio, analisando a fundo cada reação do Kim, a felicidade por saber que pelo menos um dos dois estava tomando a iniciativa de sair daquele círculo indeciso era gritante dentro de si, eles combinavam.

— Deixei ele dormindo no castelo, ele nem sabe que saí sem ele ver, deve tá no quinto sono agora.

— Ele vai ficar chateado por isso, sabe como Jungkook é com essas coisas de energia. Sensível e afins.

— Mas eu me despedi, fiz até o que não devia... — o garoto sorriu refreado, colocando as mãos sobre a boca como forma de se conter. — Deixei um beijinho nele sem ele saber.

— Taehyung!! — estupefato era como Jimin estava, mas não menos surpreso, afinal, coisas impensadas eram o forte do castanho, então apenas esperava a justificativa mirabolante, o Kim podia ser arteiro e inesperado, mas nada do que ele fazia era sem uma motivação, era algo dele, um traço forte.

— Que é?

— E a energia Áurea?

— Não senti, ainda sou cria hyung, então não fiz nada demais, e enquanto não posso sentir ela, melhor aproveitar. — dando de ombros e sustentando um sorriso traquina, Taehyung foi logo tomando o colo do loiro, buscando como um filhote as bênçãos dos cafunés do Park que eram como calmante para tudo o que rugia dentro de si.

— O que você gostaria de me perguntar? — Jimin tinha a voz doce e atenciosa, sentia dentro de si tudo o que ocorria com seus irmãos de alma, e ver crescer um amor estava se comprovando ser uma das coisas mais linda que os olhos um dia poderiam vislumbrar, tão belo quanto uma flor, tão belo quanto.

— Como posso saber se a pessoa gosta de mim?

— Perguntando. — o olhar que o Kim lhe deu após a resposta serviu para dizer que aquilo não resolveria seus problemas, então o Park resolveu continuar sua explicação. — Está certo! Pra algumas pessoas isso não se encaixa devido a timidez, mas é a forma menos mirabolante, você pergunta e a pessoa responde, agora quando for por exemplo, você gosta do seu melhor amigo, isso pode ser um pouco complicado porque os dois podem ter medo de estragar o clima da amizade e afins...

— E supondo, nesse caso, sabe hipotético, que eu gostasse do meu melhor amigo, mas não é tão fácil saber se ele gosta de mim, como devo fazer pra descobrir isso?

— Humm...acho que por observação, não sabemos como esse seu amigo é, se ele tem cabelos pretos, olhos brilhantes, voz doce e muito contido... — Jimin fez de propósito, e a medida que ia enumerando as tais características, o rosto de castanho ia esquentando a ponto das orelhas ficarem vermelhas tamanho o desespero. — A gente não sabe, por exemplo, se esse amigo é alguém fácil de ler, sabe?! Meio óbvio? Ou ele é mais misterioso? Mas em qualquer situação dessas, a dica é observar, se essa pessoa se afeta quando você chega, quando a toca ou quando se aproxima demais, se todas as resposta podem ser sim, é um caminho da verdade, mas não toda, porque no final, você só vai descobrir se a pessoa falar e por óbvio se você perguntar.

O sangue escarlate que manchou os meus lençóis. • Jjk+KthWhere stories live. Discover now