Investigações

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A primeira semana de outubro fora mais chuvosa impossível, fazendo com que o mau humor se espalhasse pelo Ministério da Magia. As investigações relacionadas ao suposto ataque estavam a mil por hora e todos os aurores que não estavam focados nisso auxiliavam no que era possível: as paredes já estavam em seus devidos lugares, bem como as estantes e papéis que haviam sido perdidos, mas metade do andar onde Harry, Rony e Hermione trabalhavam estavam, ou internados no St. Mungos, ou em casa de repouso, afastados por conta dos ferimentos que haviam adquirido. O trio, por sua vez, trabalhava dentro da sala, agora com as paredes três vezes mais reforçadas, mais do que nunca. Hermione havia exposto a linha do tempo que havia feito mais uma vez, e ainda haviam muitas lacunas a serem preenchidas, afinal, apesar de terem detalhes importantes, muita coisa ainda estava em aberto, e a garota sabia que isso era uma das coisas que lhe tiravam o sono – isso e a dor que não a abadonara nas últimas duas semanas.

— O almoço chegou, detetives. — George bateu antes de entrar, deixando três embalagens em cima da mesa de Harry, a única que ainda tinha algum espaço e apoiando-se em uma cadeira, analisando os amigos e o irmão. — Vocês não acham que está na hora de uma pausa, não? Sem querer ofender, mas vocês estão horríveis.

— Já ouvi isso tantas vezes essa semana que não me ofende mais. — Hermione forçou uma risada, aceitando o copo de suco que o ruivo oferecia. — Obrigada. Conseguiu algo?

— Nada muito concreto, mas ela volta em doze dias, então se vocês forem fazer algo que envolva Fred, é melhor fazer rápido.

— Nós sabemos, e para ser sincero, temos um projeto de plano, mas... — Harry começou, suspirando no final da frase.

— Mas?

— Mas não sabemos se vai mesmo funcionar. — Hermione concluiu, levantando de onde estava e analisando o quadro mais uma vez. — Quer dizer, quem sabe se isso tudo vai mesmo atraí-la? Quem é que sabe do que ela gosta?

— De ser o centro das atenções. — Draco entrou no escritório, largando o jaleco em uma cadeira qualquer e indo até Hermione, abraçando-a por alguns instantes. — Como está?

— Na mesma. — ela suspirou, aceitando o frasco de poção anestésica que o rapaz que estendia. — Mas falando sério, vocês a conhecem desde que ela é Fred começaram a namorar. O que ela gosta?

— De desfilar. E de ser o centro das atenções, como Draco disse. — George respondeu, começando a entender a linha de raciocínio da amiga, e percebendo detalhes aos quais nunca haviam dado devida atenção.

— E o que mais? De onde ela vem? —a morena foi até o quadro, abrindo espaço para a biografia de Júlia, que era uma grande página em branco. — Onde ela estudou? Quem é a família dela? Gente, qual o sobrenome dela? — ela agora encarava os amigos, surpresa com as reações deles, que pareciam procurar fundo nas próprias mentes. Até mesmo George não sabia o que responder, para maior indignação e preocupação de Hermione.

— Vocês a conhecem há o que, três anos, e não sabem nada dela a não ser o nome e que ela namora o cabeça de cenoura? — Draco questionou, cruzando os braços e não conseguindo segurar um sorriso. — Que tipo de família vocês são?

— Isso nunca pareceu importante, e nunca falamos sobre isso quando ela estava presente. — Rony comentou, confuso.

— Acho que Fred não é o único que está sendo enfeitiçado nessa história toda. A grande questão é por quê?

—Nós vamos descobrir. — Harry concluiu, bagunçando os cabelos ao ver Hermione estremecer, curvando-se para frente disfarçadamente, mas não o suficiente para ele não perceber. — Mas acho que por hora, já temos trabalho a fazer e acho que podemos fazê-lo em casa.

Como se ainda fosse real - fremione   //Concluída //Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin