Leva-me num desses
Teus tapetes carregados em divindade
Como numa núpcia silenciosa
Tal qual do olhar, a trocaLeva-me nestes passeios
Onde tu me cantas o que és
E eu te digo um pouco mais.
Onde te mostro minha dor
E tu tem cura, sendo paz.Leva-me enquanto fonte divina
E permite que eu passeie
Por entre tuas escamas,
Peito, lança.
E golpea-me com teu tridente
Em alto, baixo e meio mar.Emoldura o fóssil do que fui
Nas paredes do meu âmago.
Ensina-me com teu eu
Que não sou quem era,
E, por conseguinte,
Não serei quem sou.Toma minha cria no colo
E acalma minhas trovoadas.
Canta.
Me encanta.
Me diz que fica mesmo tudo bem.
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Amor Enquanto Pronome
PoetryCriando uma lista de suprassumos, "Amor Enquanto Pronome" traz consigo alguns textos, poesias, prosas, microcontos e etc. Buscando saciar parte minúscula da imensidão que é sentir amar, e mais ainda o gosto de ser amado. É a utopia de conseguir deci...