Vinte E Cinco Oito Vezes

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Às vezes aquilo que chamamos de amor, queima. E nem sempre esse acidente é leve ou superficial. Algumas vezes é realmente difícil tratar as feridas.

Talvez seja porque nunca se espera que algo bom, vá poder errar. Costumamos esperar perfeição dos bons sentimentos, quando na verdade tudo e todos são passíveis de erros, mudanças, evoluções. Talvez então seja essa a importância de estar ao lado de alguém que lhe compreenda enquanto ser errante e imperfeito, carregado de dores, traumas, anseios, medos que nunca contou nem a quem esteve mais próximo. Talvez seja esse o motivo pelo qual procuramos agulhas no palheiro até encontrar a nossa peça do quebra-cabeça. E é normal.
Porque a sensação de estar em casa e de poder partilhar esse lar, transborda a explicação que filósofos, estudiosos, cientistas ou qualquer pessoa do tipo possa ter sobre o que é, ou deixa de ser o amor.

Porque eu sempre te disse que ele apenas é, e basta. Porque a gente sabe o que sente, e basta. Porque o mundo inteiro pode acusar que amor seja tudo aquilo que nunca vivemos, mas não importa.
No final das contas, o frio chega. O breu chega. A noite cai. A ansiedade toma parte. E quando já se esteve só por tanto tempo, meu bem... Ah, aprende-se a reconhecer as mãos que se estendem, seja para lhe puxar de volta, ou apenas para sentar ao seu lado.

Cada um cria a sua visão de amor. Cada um tem sua própria referência sobre o que e quem representa isso para si.

E eu sou grata por ter você como a minha pessoa-sinônimo-de-amor para amar.

Amor Enquanto Pronome Where stories live. Discover now